Tempo de Jogo:
610 minutos
Análise de The Walking Dead: The Final Season
Não há palavras suficientes para descrever o quanto esse jogo me prendeu. A imersão foi tão intensa que, em vários momentos, senti como se estivesse dentro da história. Não vou tocar nos aspectos técnicos, pois, apesar dos problemas que o jogo possa ter, mencioná-los seria quase uma ofensa à grandiosidade dessa experiência.
Se eu pudesse resumir essa temporada em uma frase, seria: escolhas erradas – e muitas delas. Decisões difíceis, quase sempre impossíveis de prever, e todas com peso real no futuro. O mais marcante é que essas escolhas são feitas por crianças, que ainda são apenas isso: crianças, tentando sobreviver em um mundo cruel. Mas, em meio ao desespero, à morte e às injustiças que acontecem a todo momento, ainda pode haver esperança – principalmente quando se está ao lado de quem se ama.
Agora jogando como Clementine, uma sobrevivente nata, e assumindo o papel de mentora para AJ, o jogo fecha um ciclo perfeito. Assim como Lee fez por Clem, agora era minha vez de ensinar AJ, moldar seu caráter e suas decisões. E esse detalhe me agradou demais. A forma como ele aprende com cada ensinamento deixa claro o impacto das nossas ações.
Ao longo da história, a sensação de que algo ruim estava prestes a acontecer nunca desapareceu. A tensão era constante, e quando a reta final se aproximou, precisei parar. Não conseguia continuar, pois sabia que algo marcante estava por vir. E quando finalmente segui em frente, a experiência foi devastadora. Houve um momento em que só queria terminar o jogo logo e desinstalá-lo, tamanha a carga emocional que senti. Mas então veio o plot twist final, um momento de pura cinematografia, que me pegou completamente desprevenido.
E foi ali que cheguei a uma conclusão: mesmo em um mundo tomado pelo caos, a esperança pode existir. Talvez não para todos, seja por decisões erradas ou simplesmente pela crueldade da vida, mas ela ainda pode estar lá.
Poderia escrever uma análise mais objetiva, falando apenas do jogo em si, mas preferi compartilhar minha experiência com essa obra-prima interativa. The Walking Dead: The Telltale Series foi um marco não apenas nos jogos, mas na minha vida. Cada temporada trouxe algo único, e é praticamente impossível decidir qual foi a melhor. Fico triste por ter chegado ao fim e por não haver confirmação de uma continuação, mas ao mesmo tempo sou imensamente grato por ter vivido essa experiência inesquecível.
Mais do que um jogo, essa série foi uma verdadeira homenagem à franquia The Walking Dead, e posso dizer com convicção que ela está no mesmo nível dos quadrinhos e da série de TV.
Essa é minha análise final da saga. Os jogos acabaram, mas espero que um dia eu possa analisar títulos tão espetaculares quanto esses, com o nome The Walking Dead.
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