Tempo de Jogo:
415 minutos
[b]Contraband Police[/b] decepciona ao fugir de sua própria proposta. O jogo promete inspeção de fronteira, mas falha com jogabilidade frustrante, missões desconexas e economia injusta.
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[h3][b]Análise:[/b][/h3]
[b]Contraband Police[/b] é um jogo de simulação policial que coloca o jogador no papel de um inspetor de fronteira em um país comunista fictício dos anos 80. Apesar de sua premissa promissora e de lembrar vagamente o jogo Papers, Please, a execução deixa a desejar em vários aspectos.
A proposta do jogo deveria girar em torno da fiscalização de contrabando e da administração do posto fronteiriço. No entanto, grande parte do tempo é gasto em missões aleatórias e desconectadas da temática principal, desviando o foco do que deveria ser o cerne da experiência.
Outro problema é a movimentação pelo mapa. Dirigir o veículo é uma tarefa frustrante, pois a direção é pouco responsiva, tornando qualquer deslocamento uma dor de cabeça. Isso é agravado pelo fato de que o jogo obriga o jogador a transportar prisioneiros ao campo de trabalho, e sempre que isso acontece, há uma emboscada previsível. Depois de algumas repetições, esse padrão se torna cansativo e irritante.
Outro ponto controverso é a economia do jogo. O jogador precisa pagar por suas próprias armas e suprimentos, além de investir dinheiro para melhorar o posto de fronteira — o que não faz sentido, considerando que o personagem é um funcionário e não um empreendedor.
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[h3][b]Pontos Positivos:[/b][/h3]
[b]Estética Visual:[/b] O jogo tem um estilo visual interessante, com uma atmosfera que remete aos anos 80, o que pode agradar fãs de cenários retrô.
[b]Conceito Inicial:[/b] A ideia de ser um oficial de fronteira em um regime autoritário tem potencial para ser envolvente, especialmente para quem gosta de jogos de simulação e tomada de decisões.
[b]Diversidade de Tarefas:[/b] Há uma variedade de atividades para realizar, como inspecionar veículos, revistar passageiros e gerenciar documentos, o que pode ser divertido no início.
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[h3][b]Pontos Negativos:[/b][/h3]
[b]Comparação Enganosa:[/b] O jogo lembra superficialmente Papers, Please, mas falha em capturar a profundidade e a tensão moral daquele jogo. A mecânica de inspeção é repetitiva e sem impacto emocional.
[b]Locomoção Frustrante:[/b] Se mover pela cidade é uma experiência péssima. O carro é difícil de controlar, com física de direção travada e pouco responsiva, o que torna deslocamentos uma tarefa irritante.
[b]Emboscadas Repetitivas:[/b] Levar prisioneiros para o campo de trabalho é sempre seguido de emboscadas, o que se torna cansativo e previsível, quebrando a imersão.
[b]Foco Desviado:[/b] O jogo promete ser sobre contrabando, mas acaba se perdendo em missões secundárias desconexas, como trabalhos de detetive, perseguir pessoas e outros trabalhos aleatórios, que não têm relação com a proposta inicial.
[b]Economia Injusta:[/b] Você é um funcionário do governo, mas precisa pagar do próprio bolso por armas, suprimentos e até melhorias no posto de trabalho. Isso não faz sentido no contexto da história e torna a progressão artificialmente difícil.
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[h3][b]Conclusão:[/b][/h3]
[b]Contraband Police[/b] tem potencial e um conceito interessante, mas sua execução decepciona em vários aspectos. A jogabilidade repetitiva, as escolhas de design questionáveis e a desconexão com sua própria premissa fazem com que o jogo se torne frustrante com o tempo. Para quem busca uma experiência envolvente no estilo [b]Papers, Please[/b], este jogo não é a melhor opção.
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[h3][b]NÃO Recomendado[/b][/h3]
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