Tempo de Jogo:
1508 minutos
Em Indivisible, estamos na pele de Ajna, uma garota que não conhece o seu passado e é forçada a ir numa aventura em busca de respostas e vingança pela morte de seu pai. Durante a história, ela descobrirá cada vez mais sobre si própria e aprenderá a ser uma heroína junto com seus amigos. Cada personagem tem sua própria história, personalidade, evoluções e paixões durante a trama, o que traz a empatia do jogador com cada um deles - já adianto que o Dhar é meu preferido.
O estilo de combate do jogo é (quase) baseado em turnos. Como a coleção de personagens é imensa - o que é algo muito positivo - a possibilidade de combos e variações igualmente grande. Durante a jogatina, nem peguei todos os personagens do jogo, mas mesmo assim tive a possibilidade de ter uns 20 times diferentes e provavelmente utilizei uns 10 durante o jogo.
A arte e o design de personagens são os mais lindos que eu já tive a oportunidade de presenciar em minhas experiência com jogos. Todos os personagens são lindos e tem suas próprias particularidades - Ajna com sua pele morena e sua roupa de vilarejo, Zebei com seu nariz grande e roupas adaptadas para climas frios, Razni com sua pele de tigre e dentre outros. A Ajna é, com certeza, a personagem mais bonita dos jogos que eu já consumi - não são muitos. O jogo te prende em cada custcene e os cenários são lindos - seriam mais se meu notebook n travasse tanto.
As cidades são, também, pontos altos desse jogo. Reino de Ferro, uma alegoria às cidades industriais e regimes totalitários; Kragnu, uma representação da China imperial e das consequências das guerras do ópio - um estrangeiro invade a cidade e começa a produzir uma droga que adoece a população; e Kanuul, uma cidade fechada que, na minha visão, representa o Japão feudal. Cada uma tem sua ambientação única e sua crítica é passada de forma perfeita.
Sobre a história, é uma grande filosofia sobre o que é o ser humano e algo perfeito. Indivisible te faz pensar sobre como um mundo de perfeições e a busca por eles são vazios. Ajna e sua equipe enfrentam adversidades com seus próprios defeitos e colocam a prova para Kala (vilã do jogo) que as falhas devem ser amadas. Ao final do jogo, [spoiler] Kala enfim entende que não precisa resetar o mundo para algo perfeito e que necessita que as falhas existam para que ela possa aprender a consertá-la. Durante toda a história, vemos Ajna sendo um ser imperfeito que estraga e destrói todos os lugares que passa e acha que está tudo bem. Ao final, ela entende que necessita dessas imperfeições para ser humana e que nada é perfeito. É uma filosofia maravilhosa para refletir. As imperfeições nos tornam humanos e nos melhoram [/spoiler].
Ainda sobre a história, tem algo que deve ser pontuado: [spoiler] por que matar o Dhar??? Os únicos personagens que não saiam da minha equipe eram ele e a Ajna e o jogo simplesmente mata o melhor personagems do jogo.Tem que ter muita coragem para colocar isso no enredo - matar um dos personagens principais e importantes para a história [/spoiler].
Indivisible é, acima de tudo, uma experiência. Esse jogo é uma obra de arte que tive o prazer de jogar - mesmo muito travado - e me emocionar com cada parte de sua trama envolvente que te proporciona todo tipo de sentimento. Compre ele se puder.
Platina: 10/100
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