Avaliações de Ys IX: Monstrum Nox

Ys IX Monstrum Nox é a sequência, cronológica, de Ys Seven; narrando a aventura de Adol Christin com 24 anos de idade. Eu gostei bastante do jogo, mas não sei dizer se é porque o jogo é muito bom, ou apenas porque eu sou um grande fã da série. Isto posto, uma coisa é certa, embora os jogos da série sejam feitos para qualquer novato consiga ingressar nele independente da ordem de lançamento; Ys IX se mostra a exceção à regra. Na minha opinião, apenas fãs de longa data da série irão de fato aproveitar o jogo. E se o que comentei anteriormente é um problema para novos jogadores, para os antigos esse é um dos grandes pontos positivos dele; a forma como ele premia os jogadores pregressos da série com referências às inúmeras aventuras passadas de Adol é instigante, para dizer o mínimo. Mas vamos lá, quais são os pontos positivos do jogo? O que mais se destaca é definitivamente o gameplay; o combate é rápido, intenso, e muito divertido. Por sua vez a exploração também diverte bastante, o jogador poderá: se teletransportar pelos terrenos, subir paredes, voar, ter visão de raio X, destruir muros, e virar um fantasma que atravessa pontos inacessíveis. Em contrapartida, o cenário mais melancólico em que se passa o jogo, revela uma paleta de cores dessaturada que pode fazer o jogo aparentar ser mais feio do que de fato ele é. E por falar em melancolia, essa é definitivamente a aventura mais estranha de Adol Christin, e digo isso não como algo ruim; nesse caso, o estranho é divertido e interessante. Gosto bastante da história, seus plot twists, e seu final. Ys IX Monstrum Nox pode não ser o melhor jogo da série, mas é um jogo que vai agradar os fãs.

Jogo com jogabilidade simples de aprender mas difícil de dominar e, no normal, não precisa de muito grind pra poder completar as lutas mais difíceis e o jogo respeita o seu tempo.

Ys IX brilha quando está em movimento, esbanjando ação fast-paced, seja com um dos monstrums dizimando capirotos com seu leque imenso de golpes ou quando exploramos seu mapa singelo, mas cheio de cacarecos, ao som das pedradas do time da Falcon (po, foi minha trilha sonora até fora do game). No entanto, parado, o jogo perde um pouco de seu brilho. As side-quests, em sua maioria, apresentam um pace ruim e diálogos genéricos que não contemplam o mundano de NPCs de RPG mas também não expandem tanto o argumento que está preso a alguns twists previsíveis da narrativa. Por outro lado, a ambiciosa história principal mantém Adol Christin cativo de uma Gllia nostálgica, impedida de buscar novas perspectivas devido a uma luta secular contra seus próprios sentimentos recalcados, pra dizer que, por mais dolorosas que sejam, mudanças são importantes. Com seus altos ou com seus baixos, Ys IX ainda é um jogo de ação ímpar. Senti falta de um pós-game mais recheado como temos no VIII, mas a experiência do jogo base foi satisfatória e posso dizer que saí do game com boas memórias (principalmente do cast principal, Hawk my beloved).