Tempo de Jogo:
4266 minutos
Se eu tivesse que resumir esse jogo em uma frase seria: [i]Caótico, divertido e truncado[/i].
Basicamente o jogo possui muitos elementos divertidos, mas que são parcialmente (ou até totalmente) ofuscado por problemas da gameplay, do balanceamento, das decisões técnicas, do próprio conceito do mundo e alguns bugs.
Indo por partes, os problemas de gameplay podem ser resumidos, na maioria das vezes, aos [i]controles, [/i]porque é realmente difícil colocar em palavras o quão ruim o controle das coisas podem ser nesse jogo (infelizmente, com exceção Just Cause 1, essa acaba sendo, em partes, uma falha da série inteira).
Os controles de carros e motos são realmente quebrados e demora um tempo até você ser capaz de dirigir minimamente bem. Nenhum deles é muito responsivo ou dinâmico, o que para um jogo que se propõe a destruição e ao caos, um cara qualquer saber dirigir uma lambreta melhor que o Rico é bem irônico XD. Isso, combinado ao fato do mapa ser gigantesco e com um terreno irregular, faz com que o uso de veículos terrestres seja bem secundário. "[i]De que adianta ir de tanque se eu vou demorar uma eternidade pra chegar lá, ainda mais batendo em tudo que for humanamente possível?[/i]"
Os controles dos helicópteros podem ser resumidos em "[i]é bom, mas podia ser melhor[/i]", porque eles acabam sendo bem confusos e imprecisos em certos momentos, mas no geral, são os veículos mais fáceis de serem usados para destruir coisas, possivelmente os melhores nesse sentido.
Os únicos controles que realmente não incomodam são os dos aviões, sendo bem responsivos, e voar neles vendo o mapa inteiro é uma visão legal, mesmo quase 15 anos depois do lançamento do jogo.
O controle do personagem em queda livre, no entanto, é o pior de todos, sem dúvidas . Parece uma penitência tentar controlar isso de forma precisa em uma queda curta de alguns desafios, mas no geral é realmente ruim, e não é incomum você entrar nesse modo de queda livre sem querer, mesmo caindo de um lugar relativamente baixo.
Ainda no tópico da gameplay, é válido dizer que as hitboxes das cabeças dos inimigos são estranhas, [i]bem estranhas[/i].
Quanto aos problemas de balanceamento, eles podem ser resumidos na IA dos inimigos e nas armas.
Eu fiz 100% do jogo na maior dificuldade, o [i]Hardcore[/i], e a quantidade de vezes que eu fui aimbotado por NPCs aleatórios não é brincadeira. Some isso ao fato dos inimigos spawnarem em grupos do nada só porque você não está olhando e você vai ter constantemente um mini exército de inimigos ter acertando no ar enquanto você usa o gancho a uns 100km/h. Sem falar nos [i]helicópteros,[/i] que te levam de 100 a 0 brincando e aparecem com uma frequência desnecessária. É meio ridículo, mas considerando que é dificuldade mais alta, é um problema que você escolhe ter,[i] eu acho[/i].
Já quantos as armas é um problema mais relacionado a logística do que a relevância ou eficácia delas, porque tirando as poucas armas que podem ser dropadas por NPCs, ficar sem munição ocorre com frequência, e ficar pedindo coisa pelo Mercado Negro é uma grande quebra do ritmo do jogo, sem contar que para as armas de DLC só é possível reabastecer por esse meio. Por sinal, as armas das DLCs são realmente bem abaixo do esperado, e eu só recomendo comprar caso queira ter tudo do jogo.
Finalizando a parte de balanceamento, um problema "menor" que eu senti foi a falta de formas de regenerar completamente a vida, porque ficar procurando armários de cura é chato e as vezes até demorado, considerando o tamanho do jogo.
A única decisão técnica que realmente me incomodou foi em relação a falta de informações relacionadas aos objetos e coletáveis dos lugares. Isso não é realmente um problema para a maior parte do jogo, porque a maioria das bases e cidades são relativamente pequenas, então não demora muito para finalizar 100% do lugar. O problema são as bases maiores e, principalmente, a cidade principal do mapa, dividida em 4 distritos. Encontrar mais de 70 coisas em um único distrito com vários prédios é maçante, e fazer isso 4 vezes tirou um pouco da minha sanidade. A questão não é ficar com 90% de conclusão e não saber [i]onde[/i] procurar, mas não saber [i]o que[/i] procurar.
A questão do [spoiler]tamanho da bússola[/spoiler] é relativo. No começo eu achei horrível, mas eventualmente eu me acostumei.
O problema relacionado ao conceito do mundo é natural da série Just Cause, e sinceramente é mais um aviso do que um problema nesse ponto: o jogo é repetitivo,[i] bem repetitivo[/i].
Por fim, os bugs, ou melhor, [i]o bug[/i].
É impossível conseguir 100% do jogo sem mods, porque uma [spoiler]caixa d'água não spawna[/spoiler] e uma [spoiler]das missões não dá as recompensas que deveria[/spoiler]. No PC isso é corrigível, mas nos consoles é triste. Se pensa em pegar os 100%, procure a correção na página do jogo na PCGamingWiki (tem outras correções bem úteis por lá, incluindo uma pra aceleração negativa do mouse).
As únicas coisas que se destacaram foram as explosões e a história galhofa, provavelmente algumas coisas que poderiam incríveis em 2010 não são impressionantes em 2025 ([i]duh[/i]). Então no geral, tudo que não foi citado aqui é neutro.
[h2]No que o jogo se propõe a fazer e [i]analisando da perspectiva moderna[/i], é um [b][u]7,0[/u][/b] sólido. Se fosse [i]analisando pela época que foi lançado[/i], um [b][u]8,5[/u][/b].[/h2]
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