Avaliações de Draugen

[h1]Um jogo curto, bonito, com uma premissa interessante, que não convence.[/h1] [b]|***| Análise completa de quem jogou até o fim |***|[/b] Jogado com [b]Steam controller[/b] + Ótima atuação dos dubladores; + Cenário e ambientação fora do padrão da indústria; - História cliché, que mesmo apresentando algumas surpresas nos últimos atos, não convence; - Curto, muito curto; - Jogo mal otimizado que exige mais da sua GPU do que muitos AAA. =======|||||||======= [b]ANÁLISE[/b] Semana passada comprei dois jogos no dia do lançamento, fato raro para quem sempre está de olho nas mega-promoções. Um desses jogos foi Draugen, que encontrei na lista de mais desejados do Steam um dia antes do lançamento e me vendeu com sua sinopse e trailer. Draugen tem três ingredientes que me atraíram: a) localidade fora dos padrões da indústria: uma ilha remota na Noruega, no ano de 1923; b) interatividade constante entre os dois protagonistas com foco nos diálogos; c) aquele ar de mistério. Não sou tão fã de walking simulators, mas gosto de uma boa história e quando a história do jogo é realmente boa, é possível abstrair qualquer problema técnico. Infelizmente Draugen não entrega uma boa história. Não é ruim, mas é um pouco batida. Sabe aquele papo de “os fantasmas do passado”? É mais ou menos por aí. Gosto desse tipo de abordagem, mas no meu ponto de vista a narrativa de Draugen não conduziu o jogo de uma forma que me surpreendeu a cada revelação e abstração (sim, existem pontos na trama que ficam na interpretação de cada um) apresentada a partir do terceiro ato. O segundo ponto negativo (que talvez tenha contribuído para o primeiro) é a duração. Draugen é muito curto. Zerei em três horas, mesmo jogando do meu jeito explorador padrão - olhando tudo ao redor, abrindo portas e indo em direções opostas ao que o jogo apontava. Veja bem, um jogo de três horas não é o problema, desde que consiga entregar uma intensidade proporcional às suas três horas. Journey e [url=https://steamcommunity.com/id/mremerson/recommended/501300]What Remains of Edith Finch[/url] não me deixam mentir. Journey uma avalanche de cores, abstrações e emoção; WRoEF uma história sutil de uma família tragicômica, recheada de reviravoltas no gameplay. Draugen, por outro lado, não conseguiu entregar o suficiente nessas três horas para me conquistar. O gameplay se mantém inalterado e a história vai apenas avançando de uma forma um pouco apressada. Fico pensando que se talvez o jogo tivesse mais conteúdo, a narrativa, quem sabe, tivesse como fluir de forma mais natural (pelo uso de “talvez” e “quem sabe”, nota-se que é um chute baseado em porr@ nenhuma pelo o autor dessa análise). Também, vale ressaltar que o tempo de jogo tem uma certa relação com o tamanho do palco. Draugen se passa numa pequena ilha, com meia dúzia de construções e quando digo pequena, é realmente pequena. Pra piorar, algumas localidades ficam bloqueadas nos primeiros atos restringindo mais ainda o campo de atuação. A pá de cal, na minha modesta opinião fica na parte gráfica. Draugen fez minha RX 580 sangrar muito mais do que The Witcher III, Doom, RE2, RE7 ou Dark Souls III fizeram. Ok, alguns dos citados são de 2015 e 2016, mas não dá para comparar suas escalas, até porque Draugen é um walking simulator. A fµcking walking simulator, for Christ's sake! Pra chegar nos 60 quadros foi necessário gastar um tempo nas configurações ligando e desligando coisas. Draugen é um jogo muito bonito, que usa muito bem as cores, mas com uma performance incompatível ao apresentado. Se fossem gastos mais esforços na narrativa do que na parte gráfica, talvez o resultado fosse melhor (mais um achismo). Calma, Draugen tem virtudes. A dobradinha entre Edward (Teddy Bear) e Alice (Lissie) é sensacional. Um nível acima de Henry e Delilah do bom [url=https://steamcommunity.com/id/mremerson/recommended/383870]Firewatch[/url]. Edward, o cara maduro, centrado e desajeitado; Alice, a jovem inquieta e porr@ louca. No jogo controlamos apenas Edward e Alice está sempre por perto (ou não) mostrando pra onde ir ou que deve ser feito. A qualquer momento é possível localizá-la com RB, Edward chama e ela responde. Caso Alice esteja por perto, o mesmo comando cria uma diálogo entre os dois. Use e abuse desse recurso, pois a relação entre os personagens é o ponto alto do jogo. A trilha sonora é boa e cumpre muito bem seu papel. Destaque para a ótima música de abertura e as reviravoltas na trama onde a trilha mantém o compasso. Também gostei da paleta de cores, principalmente nos momentos de sol. A bandeira da Noruega contrastado com o azul vibrante do céu e o desbotado das folhas de outono, no início do segundo dia, convida o jogador a sair da mansão e explorar a enigmática ilha. Draugen pode te render ótimas screenshots, se tiver o dom da fotografia e um PC que consiga rodar no ultra sem derreter. Vejam bem, Draugen não é um jogo ruim, tanto que tem conseguido bastante notas positivas no Steam e em sites especializados de videogames, mas o conjunto da obra não foi suficiente para entreter esse velho rabugento. Draugen é curto e com uma premissa bem interessante; no fim, a história acaba não convencendo e a má otimização da GPU joga a última pá de cal no jogo que poderia ser mais do que é. >_ [b][url=https://steamcommunity.com/id/mremerson/screenshots/?appid=770390]Screenshots capturadas durante a jogatina[/url][/b] >_ [b][url=https://store.steampowered.com/curator/32675902]Para ver minhas análises, siga o curador Megatrônico![/url][/b] >_ [b][url=https://store.steampowered.com/curator/37848041]Também contribuo para o grupo de curadores do Gamerista, não deixe de sguir também![/url][/b] =======|||||||======= [b]STEAM CONTROLLER[/b] Draugen não dá nenhum suporte oficial ao Steam Controller e como é um jogo recente, não há nenhum setup da comunidade. Como os comando são bem simples, não tem muito mistério. Criei um setup chamado [b]Megatrônico - Simple bind[/b] que usa xinput e precisa apenas de um ajuste de 1.50 na sensibilidade da câmera dentro do jogo para um melhor controle, já que Draugen, infelizmente, não permite entradas xinput e mouse simultaneamente.

Um jogo curto mas com uma história muito interessante e um cenário lindo, mal posso esperar para ver mais de Edward e Alice.

Draugen é um simulador de caminhada que conta a história do personagem principal que chega a um vilarejo remoto - e deserto - nos confins da Noruega, acompanhado por uma garota chamada Lissie, enquanto busca a irmã perdida, Betty. O jogo - mais para uma novela visual - consiste basicamente em tentar entender o que houve com os habitantes do local, enquanto busca por evidências da irmã. À medida que a (bastante curta) história se desenvolve, descobre-se que há muito de ilusão e paranóia envolvida, mas o jogo é tão curto que basicamente nenhuma das duas linhas principais que apresenta são desenvolvidas adequadamente. O vilarejo, com pouquíssimas construções, até é bem apresentado, e tem uma boa atmosfera inicial, inclusive de tensão, mas ela se perde rapidamente nos primeiros episódios. A quantidade de itens interativos para o personagem é bastante pequena, e embora o jogo até dê algumas opções de diálogo para o personagem, rigorosamente elas não tem valor nenhum, e levam sempre a mesma conclusão. Diversamente de alguns elogios que vi em outras críticas, a interpretação de voz não me agradou. O personagem principal tem um tom de voz cansativo, monótono, e o tempo todo me passa a nítida impressão que está lendo um script. A dublagem da personagem Lissie é melhor, só que o problema é que em teoria o jogo se passa há 100 anos atrás, e os diálogos da personagem não são condizentes para uma imersão com uma personagem de época. A impressão que passa é que estamos lidando com uma jovem da década de 80. Também diversamente de algumas críticas, eu não acho que o jogo tenha deixado de apresentar uma solução para o "mistério". O que ocorre é que a história simplesmente não é tão relevante, não há efetivo envolvimento do personagem do jogador com o que ocorreu, e absolutamente nada que ele possa fazer a respeito, e a conclusão é naturalmente anticlímax. Não se trata de um jogo que supostamente precisaria de uma continuação, mas sim de um jogo que versa sobre uma história esquecível para todos os efeitos, ainda que trágica. Existem MUITOS simuladores de caminhada melhores, com histórias mais ricas e envolventes do que Draugen. Só vale a pena dar uma chance para Draugen se já teve oportunidade de jogar a maioria dos outros títulos no gênero disponíveis, e se, naturalmente, gosta muito do estilo.

A melhor palavra que encontrei pra descrever esse jogo é refrescante. Tinha uma expectativa maior para com a história antes de inicia-la, mas a experiência final foi longe de ruim. O desenrolar da trama foi confuso pra mim, não sabia ao certo aonde a narrativa estava mirando e onde queria chegar, porém, isso não tira o fato deste ser um game interessante de se jogar. Acredito que se fosse mais longo, ambos pontos principais da narração seriam melhor desenvolvidos e então não haveria esse sentimento de ponta solta ao final de tudo. Draugen não chega a impressionar e nem a decepcionar, é simplesmente uma história que poderia ter sido melhor.

So... it's not what I expected, but is a good game. If you like interesting stories, go for it.