Tempo de Jogo:
617 minutos
(esta review não terá spoilers da história, porém contarei um pouco sobre algumas mecânicas do jogo)
[h2] O jogo é bom, porém é decepcionante [/h2]
[b] Certo, vamos começar falando dos pontos positivos de Crossing Souls. [/b]
Algo que é notado logo de cara, é a bela arte do jogo. É bem bonita e colorida, e combina muito bem com as primeiras duas horas da campanha. Os cenários são bem detalhados, e na maioria das vezes, cheias de elementos para você interagir , como quadros, objetos e pessoas. E essas interações, (algumas vezes) mudam dependendo do personagens que você estiver usando.
Conforme o jogo avança, você tem acesso a novos personagens com mecânicas próprias, que no decorrer do jogo, até certo ponto, serão muito usados para resolução de puzzles e alguns trechos de plataforma. O jogo também varia raramente de estilo, tendo trechos com bullet hell e quick time events. A trilha sonora do jogo é decente, e entrega o suficiente para você ficar ambientado neste mundo.
Sobre a jogabilidade, eu joguei no teclado, e não senti muita dificuldade em sessões de plataforma, porém admito que os controles não são perfeitos. Os pulos que precisam ser mais precisos são um pouco desengonçados, e na maioria das vezes, você acaba caindo por conta disso, os momentos de escalada são desnecessariamente demorados, e em algumas partes, a arte do jogo confunde sua perspectiva, fazendo você achar que está fazendo um pulo certo quando não está.
Ainda falando da jogabilidade, o jogo não é muito difícil, as cenas de plataformas mais complicadas conseguem ser passadas após algumas poucas tentativas, e as cenas de combate são raramente desafiadoras; os chefes começam parecendo que serão impossíveis, mas usando algumas curas, e entendendo o padrão, perde totalmente a dificuldade. Mas mesmo com tudo isso, o jogo ainda consegue se manter divertido.
[b] Com isso estabelecido, vamos para os pontos negativos. [/b]
O meu maior problema com Crossing Souls é a sua narrativa e o ritmo que ela pega. O jogo começa super divertido, simpático, e descompromissado, fazendo piadas e não se levando a sério. Você se depara com vários clichês de histórias dos anos 80/90, mas com um encorpamento que te prende e te diverte, além de encontrar vários easter eggs pelo caminho.
Porém, tudo isso vai se perdendo aos poucos. Conforme o jogo avança, ele vai deixando para trás muitas dessas características que tornavam ele tão diferente e divertido. A história agora se leva muito a sério, adicionando um drama exagerado, e tentando te fazer acreditar que o rumo que ela está tomando faz sentido, quando não faz.
E o que me fazia mais gostar dos personagens, era o fato deles abraçarem seus esteriótipos, porém até isso se perdeu, com eles agora tendo falas genéricas e sem a personalidade de antes.
Além disso, à partir da segunda metade do jogo, as mecânicas vão sendo deixadas para trás, as cenas de puzzle se tornam mais escassas, e na reta final você tem basicamente cenas de plataforma e combate.
No fim, Crossing Souls começa muito bem em sua proposta, porém vai se perdendo aos poucos, deixando aquilo que o tornava bom e divertido de lado, e tentando se levar a sério mas sem as ferramente certas para isso.
[b] Por que uma review positiva? [/b]
Apesar de ter me decepcionado muito com o rumo que o game tomou, o jogo em si não é ruim, eu me diverti em vários momentos, tanto no começo, quanto no meio e em algumas poucas partes no final.
👍 : 1 |
😃 : 0