Tempo de Jogo:
9920 minutos
[h1][i]Sobreviva 100 Dias ou Morra Tentando![/i][/h1]
Eu começo esta review com esta frase, que resume bem as ~160 horas de The Hundred Line -Last Defense Academy-. Que é basicamente um "RPG" Tático/Visual Novel que mesmo com diversas dificuldades no seu desenvolvimento, ainda assim, consegue entregar uma experiência pra lá de maluca, incrível e emocionante.
[h1]O começo de tudo...[/h1]
A história de Hundred Line começa com Takumi Sumino acordando em uma sala, junto com outras 12 pessoas, o seu objetivo? Lutar para defender a sua 'escola', a Last Defense Academy contra uma ameaça que até então, aparenta ser alienígena... Basicamente a sua aventura começa com esta pequena sinopse, acorde, defenda a sua escola, sobreviva os 100 dias e você "salvará a humanidade" e é aqui que vou começar a falar da Gameplay de Hundred Line.
[h2]RPG? Tático?[/h2]
A gameplay de Hundred Line é boa. Parece bem similar aos RPGs Táticos como Fire Emblem mas honestamente, eu acredito que a gameplay NÃO é o ponto forte deste jogo, o que eu senti nessas 160 horas foi que, o combate, a parte "RPG Tático" é apenas um... bônus... ou tipo, um "complemento", porquê eu digo isso? porque eu acredito que foi muito mal aproveitado e além do mais, após algumas horas, você vai se cansar e tudo termina ficando MUITO repetitivo, não tem muita variedade de inimigos, de ataques, skills, etc, então, basicamente depois de umas 20~30 horas você já vai ter TODAS as skills liberadas, seu personagem upado no talo e o seu senso de progressão, vai embora, porque não tem muita coisa pra se fazer, eu vou chegar lá, logo logo. Mas não me entenda mal, eu gostei do combate e tal, ele só é mal aproveitado, poderia ter muito mais coisa, não só lá grande fã de jogos táticos mas, eu me diverti jogando, pelo menos tentaram dar uma "diferenciada" nas coisas.
[h2]A Progressão.[/h2]
Aqui nem vou perder tanto tempo falando sobre porque a progressão de Hundred Line TAMBÉM não é interessante. O que temos aqui é um sistema pique-Persona, no sentido de você melhorar os seus laços com seus amigos, além de QUATRO tipos de recursos e uma "moeda" que é chamada de BP (talvez Battle Points?), esses recursos você gasta comprando e fazendo melhorias em suas skills, armadilhas, etc e também, comprando presentes pros seus amigos para melhorar os seus laços, é isso. Apenas isso. Não tem nenhuma menção especial em nada por aqui, se você joga ou jogou Persona ou até mesmo Metaphor, você vai notar que tentaram fazer algo parecido por aqui mas... não deu muito certo, porque também é MUITO mal aproveitado.
Os recursos você coleta fazendo explorações, que eu diria que é tipo um "minigame", o jogo te dá duas cartas, e essas cartas meio que mostram a quantidade de casas que você vai pulando, é tipo um jogo de tabuleiro, um Monopoly da vida, eu diria (se é que foi uma boa comparação...), quando você cai numa casa, pode acontecer alguma coisa, o jogo te faz uma pergunta no estilo de "você encontra um objeto no chão, você mexe nele ou deixa pra lá?" nesse estilo, uma escolha errada e você perde vida ou perde algum item, na minha opinião, é chato mas... é um mal necessário, porque você vai precisar de recursos para progredir.
[h2]Os 100 Finais.[/h2]
É aqui que Hundred Lina brilha, é aqui, meus amigos, que eu verdadeiramente achei bom. A história. A história de Hundred Line é uma montanha-russa de emoções, uma hora você ri, outra hora sente raiva, outra hora fica triste, antes que pergunte, sim, existem 100 finais diferentes mas apenas um é verdadeiro, o jogo não deixa explicito qual deles é o REAL final então é com você saber qual desses 100 finais é o verdadeiro.
Admito que não sou fã de Visual Novel mas Hundred Line me fez abrir uma exceção, para ser honesto, eu achei mais interessante explorar a história do que jogar a parte "RPG Tático" do jogo, que como eu já falei antes, foi muito mal aproveitada.
Após rolar os créditos depois de umas 30 horas de jogo, eu pensei "cadê os 100 finais?", pois aí que o jogo solta uma pancada de plot-twists, um em cima do outro e é aí que o jogo fala pra você "ainda não acabou, tem mais" e ele te joga em um jogo completamente diferente do que foi apresentado nessas 30 horas passadas, aí que começa a sua verdadeira aventura, 30 horas não são suficientes para completar 100% do jogo mas, para eu platinar e completar 100% da história, precisou de 160 horas, um dos jogos mais longos que eu já joguei nos últimos tempos.
Alguns finais são... diferenciados, outros revelam pedaços da lore, se você quiser entender 100% da história, você PRECISA jogar TODOS os finais, isso inclui os finais que aparentam ser "genéricos", então prepare-se a sua jornada pois ela será longa.
E é aqui que entra um pequeno problema nisso tudo, como eu falei, Hundred Line possui MUITOS finais, eu admito, é cansativo, sim, é, mas quer saber o que é mais cansativo? Jogar o modo "RPG Tático" em TODOS os finais. Sim. Isso sim, pra mim, é DOLOROSO.
A história é contada no formato de Visual Novel, então sim, você vai sentar a sua bunda no sofá e vai apenas apertar A ou X, é MUUUUITA leitura e é por isso que eu não sou lá grande fã de Visual Novel mas como eu falei, eu abri uma exceção e não me arrependi, valeu a pena. Alguns finais são extremamente hilários, outros muito tenebrosos e dá pra ver que não se trata de uma Visual Novel genérica, dá pra ver que a parte da história foi feita com muito amor e dedicação, é uma pena que investiram a maior parte do tempo na História e não no combate ou na exploração mas mesmo assim, a História também leva você a curtir cada personagem que inclusive, segue aquela mesma pegada dos Danganronpa, cada personagem tem a sua "peculiaridade", digamos assim.
Então, ninguém ali é 'normal'. E é isso que dá um 'tempero extra' na história, o quão "apegado" que o jogador consegue ficar com um personagem, eu não vou entrar tanto em detalhes quanto os personagens pra evitar spoiler e até porque eu acho que é MUITO IMPORTANTE que cada um vocês entenda e VEJA como cada personagem age e se comporta, o famoso "elemento surpresa".
Voltando a história, até agora, só elogios para a história mas, como tudo na vida tem seus altos e baixos, Hundred Line também possui problemas na sua História.
Um dos problemas mais predominantes na História é que alguns finais são apenas... "encheção de linguiça", não revelam nada da lore, apenas fazem você perder tempo, outros finais apenas mostram uma CG e pronto, rola os créditos. E isso é... decepcionante mas dá pra entender. Afinal, são 100 finais então seria meio complicado que todos esses 100 finais tivessem sei lá, 10 horas de playthrough.
[h2]Afinal, vale a pena jogar?[/h2]
Hundred Line foi uma experiência muito especial para mim, por mais que eu achei o combate meio meh, a história compensou e MUITO, se eu recomendaria para um amigo? Olha. Dificilmente eu recomendaria. Como eu falei, Visual Novel é um gênero que é um tanto... nichado. Estamos falando de tipos de jogos que focam apeans em diálogo e diálogo, quando não é diálogo, é você escolher a rota A ou B, então, recomendar pra um amigo que detesta leitura? é difícil.
Mas, se você tiver um amigo que gosta de leitura, uma trama muito BOA, eu com certeza recomendaria Hundred Line.
E não para por aí, pelo que parece ainda esse ano teremos Shuten Order, do mesmo criador de Hundred Line/Danganronpa, pelo visto o nosso amigo não pretende descansar tão cedo então... Vamos ver qual será desse tal Shuten Orden que com certeza irei jogar e analisar.
Isso é tudo meus jovens, Hundred Line, como eu falei, é uma montanha-russa de emoções e é por isso que eu deixo aqui a minha recomendação, se você gosta de Visual Novels, não perca tempo e jogue Hundred Line!
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