Avaliações de Black Mirror II

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misterious and interesting

clica é bom historia é biruleibe q q ta coteseno

Nem de longe se compara à qualidade do primeiro jogo; a única coisa que vale é revisitar alguns locais do BM1, que foram atualizados para esse novo jogo.

O intermédio de uma saga de horror gótico que, além de superar o seu antecessor, se reinventa em todos os detalhes, nos lançando através de um incrível novo enredo de macabras intrigas e uma instigante busca por respostas. Primeiramente, 'Black Mirror II' é um título que praticamente segue o roteiro dos acontecimentos trágicos do seu antecessor (Black Mirror) à risca, e diante disto é altamente recomendado que a trilogia seja jogada na ordem correta, para melhor entendimento do roteiro (que, adianto, é bem extenso, cheio de reviravoltas e bem complexo) e, claro, melhor aproveitamento dos jogos em si. Mas claro que você pode começar a partir deste título, porém fique ciente de que estará perdendo muitos detalhes interessantes e que vão estar presentes não somente nesta segunda parte, mas na terceira principalmente. Nesta segunda empreitada temos um salto temporal quase que brutal diante do primeiro Black Mirror, porém - como já mencionado - a linha de acontecimentos está lá intacta, e a mesma será retomada a todo momento. Aqui temos como personagem principal um jovem meio irritante (fazer o que se eu não consigo sentir empatia pelo rapaz, apesar de que no terceiro jogo a coisa mudou quase que drasticamente para mim) - Darren, que irá (diante de seus vários dilemas/dramas pessoais) encontrar-se no meio de uma aparente conspiração de séculos e, sem escapatória, terá que lançar-se numa incessante busca por respostas para o seu próprio bem (e o de muitas outras pessoas na verdade). Há momentos em que fazemos varreduras históricas que, mesmo fictícias, são extremamente empolgantes, e os cenários ajudam muito nesta imersão. O jogo, em se tratando da parte técnica, é lindo. Pode ser de 2011 mas ainda faz muito bonito nos dias de hoje, causando inveja até para alguns jogos mais recentes. Mas o mesmo não faz bonito apenas graficamente, pois o real destaque aqui é o seu enredo, que consegue ser muito interessante e misterioso, com intensas reviravoltas que nos fazem pular da cadeira em certos momentos e correr para buscar mais e mais respostas. Com personagens extremamente cativantes e de personalidades complexas e até ambíguas, o jogo flui muito bem e realmente só instiga mais o jogador a seguir adiante na rota macabra que Darren precisa seguir. Iremos visitar inúmeros cenários, quase como um turista, iniciando nos Estados Unidos e partindo para a Europa de forma bem natural e com muita exploração e resolução de puzzles no caminho. E falando em puzzles, o sistema de resolução dos mesmos presente aqui é algo que pode ser bem interessante ou irritante, dependendo do momento, pois além do típico inventário e dos milhares de objetos que você coleta no decorrer de sua jornada, não temos apenas a tarefa de unificá-los ou utilizá-los para a resolução de alguns puzzles, mas também precisamos revisitar alguns cenários inúmeras vezes e conversar com certos personagens também várias vezes para o protagonista finalmente presumir (em seu diário) que aquilo deve ser feito e de tal forma. Por exemplo, se você encontra um baú fechado sua alma aventureira vai querer logo abri-lo, porém - e seguindo realmente uma lógica - o Darren só irá pensar em abri-lo se, depois de algumas explorações e conversas, ele achar necessário que aquilo seja aberto. Como já fora dito, é realmente um pensamento lógico, porém muitas vezes desnecessário para o próprio jogo, nos fazendo apenas buscar mais do mesmo em revisitações e cansaços. É interessante sim buscar mais respostas e chegar à tratativa daquele puzzle, porém muitas vezes a resposta já estava ali e não precisávamos dar tantas voltas para concluir o óbvio. A duração do jogo é outra coisa bem atrativa, pois para um adventure game podemos considerar Black Mirror II bem longo (mais de 20 horas facilmente, se você for atrás de cada detalhe presente no jogo). Além de que, voltando um pouco à sua trama, temos muitos momentos nostálgicos não somente pela retomada dos fatos de seu antecessor, mas porque o título tem sua base em outros clássicos do gênero (Broken Sword, por exemplo), não só pelo seu enredo adulto, mas também pelos diálogos muito bem escritos e detalhados. Acho válido também ressaltar a dublagem dos personagens, que pelo fato de serem muitos, é surpreendente como conseguiram uma boa qualidade da mesma em praticamente todos eles. Porém, infelizmente (para mim), o protagonista carece desde o início de um remédio para tratar sua ignorância e revolta com o mundo ao seu redor, porque além de sua personalidade chata ainda tem uma dublagem recíproca. Provavelmente isso é proposital, afinal o Darren é mesmo um jovem revoltado e cheio de críticas (até demais) à sociedade, mas eu não consegui simpatizar com o coitado. Porém, como eu já havia dito, no terceiro título da macabra saga e depois de tanta coisa pela qual o Darren passa, não tem como não sentir uma empatia pelo rapaz e você realmente se acostuma com a forma pela qual o mesmo lida com o seu contexto. É legal como até isso é algo natural do jogo, e talvez até proposital mesmo - um crescimento do protagonista, presente a todo momento. Se eu for falar de algum ponto negativo que realmente me incomodou diante deste jogo, eu apenas citaria um: o seu final - abrupto, sem explicações, e descaradamente uma ponte para o terceiro jogo. Isso realmente me deixou um pouco irritado, mas era fato que isso ocorreria mesmo, porém eu acho que não precisava ser tão descarado. Mas ressalto que isso não estraga o jogo de forma alguma, ou mancha seu roteiro. Não, mas de qualquer forma poderia ser melhor, apenas. Em resumo, temos aqui um título que já tornou-se clássico e merece ser jogado não somente pelos fãs dos adventures clássicos, mas também pelos apreciadores de uma ótima história de horror. Esteja preparado para tudo ao jogar a saga e se aprofundar na trama de Black Mirror, pois nada é o que parece ser.