Tempo de Jogo:
985 minutos
Homefront é uma franquia de jogos com temática de revolução doméstica, o primeiro jogo era basicamente um call of duty inserido nesse contexto, um bom jogo. Dessa vez a franquia retorna para um olhar mais ambicioso, mundo aberto, distritos que devem ser liberados, mais personagem interagindo com o jogador. O que deu errado?
Primeiramente é necessário falar sobre os bugs, o jogo apresenta alguns e por muitas vezes é necessário reiniciar a missão ou até mesmo fechar e abrir o jogo pra corrigir, os saves do jogo são automáticos então por vezes você precisar reiniciar para corrigir um bug e acaba voltando um pedaço do seu progresso o que pode ser frustrante.
Um dos bugs que eu enfrentei foi em um outpost que eu estava tentando liberar e para isso era necessário matar todos os inimigos, mas eles simplesmente não paravam de spawnar, era só virar o olhar para outro lado que eles apareciam atrás do meu npc, tive que jogar iscas fora do acamapamento e esperar eles saírem para enganar o jogo como se o local estivesse "limpo".
Nesta linha de liberação de outposts vou comentar sobre o mundo aberto do jogo, ele é lindo, atmosférico e consegue facilmente trazer este sentimento de desastre, ressentimento e opressão, porém como quase todos os jogos de mundo aberto que não são feitos com extremo carinho ou muito dinheiro ele falha em colocar eventos interessantes neste mundo, basicamente é mais um mundo aberto estilo Ubisoft onde você tem alguns colecionáveis e alguns postos para liberar, mas o jogo te força a interagir com eles para poder liberar os distritos.
O jogo não tem missões secundários que parece um erro gigantesco tendo em vista o mundo bem construído que eles criaram que acaba servindo apenas para correr de um lado para o outro atrás das missões principais. Acredito que esse jogo teria sido ótimo se eles tivessem investido em um jogo mais linear com "pequenas grandes áreas" no estilo The Last Of Us, ou então introduzir missões secundárias no mundo.
A ideia de transformar o jogo em um "The Last of Us" se prova ainda mais concreta quando você joga as DLCs, que são bem lineares porém elas apresentam bons cenários, missões interessantes, e interações legais entre personagens, mas pecam na duração, são 3 e cada uma deve ter no máximo 1 hora e meia de conteúdo, se o jogo principal seguisse esse caminho mas com mais tempo de duração acredito que teria sido sucesso.
Gostei do jogo principal, a história é legal, com boas variações, os locais como já disse antes são lindos, o jogo é bem atmosférico, principalmente de noite, gostei dos personagens que aparecem mas senti que algumas decisões são questionáveis, todos eles parecem ter histórias bem profundas mas nenhuma delas é contada ao jogador, você só deduz as motivações de cada um e segue em frente, missões secundárias teriam resolvido esse problema, outra coisa, nosso NPC não fala nada no jogo principal mas nas DLCs ele fala e com bastante personalidade, talvez o problema desse jogo tenha sido ser lançado antes da hora.
Dito isso a gameplay é ok, a customização de armas é legal, senti falta de mais upgrades para o personagem tendo em vista que no final sobraram muitos pontos para comprar mas eu já tinha liberado todas.
Resumindo é um bom jogo, recomendo na promoção, e recomendo o Expansion pass para jogar as 3 DLCs, recomendo jogar: Jogo Principal > The Voice of Freedom > Aftermath > Beyond the Walls, nessa ordem você fica satisfeito e tem até que um bom desfecho para a história. Triste que esse jogo seja considerado um "Flop" porque sinto que eles estavam levando a franquia para o caminho certo mas agora provavelmente nunca teremos outro Homefront. Enfim, divirtam-se mas sem muitas expectativas.
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