Avaliações de Evil Democracy: 1932

achei o jogo mais um cliquer sem sentido que algo que requeira real planejamento e estratégia

é um simulador político com temática interessante mas, paradoxalmente, pouca política envolvida. o core do jogo é bom, usar a mídia para promover o partido e suas idéias, conseguir apoiadores e patrocinadores, acusar os concorrentes. mas é tudo muito genérico, sem profundidade ou senso de impacto, e a interface/jogabilidade não ajuda em manter o interesse.

Pra quem eh tarado por politica que nem eu vai amar esse jogo. Pena que ele so considera as coisas na politica como uma regua, e nao como um quadrado, entao fica mais distorcido do que o normal.

A IDEIA do jogo é extraordinária: essencialmente o jogador assume o controle de um partido político fictício no período que antecede a segunda guerra mundial, podendo jogar cenários de eleições na Alemanha, França ou Reino Unido durante esse período. Para tanto o jogador seleciona a orientação ideológica básica do seu partido, e à medida que o jogo de desenvolve pode ir selecionando alguns "dogmas" que possuem prós e contra, ao mesmo tempo em que procura ganhar capilaridade em cada região eleitoral do país, conquistar militantes e patrocinadores, para ganhar a eleição que se aproxima. Visto assim a ideia é genial. A implementação, contudo, não funciona. Na prática o jogo é basicamente um tedioso apertar de botões de "próximo" turno, porque rigorosamente não há nada a fazer. Durante a partida inteira o jogador vai intervir em apenas dois segmentos: jornalistas e agitadores. Agitadores basicamente é contratar um monte de gente para fazer campanha nas regiões espalhadas pelo mapa (e nem dá para selecionar especificamente as regiões a serem atendidas, mas apenas designações gerais). E os jornalistas podem ser divididos em trÊs atividades: entrevistas os líderes do partido, prejudicar os recursos financeiros de outro partido (o jogo nao deixa claro o efeito prático disso), e prejudicar a influência de outro partido. Aí a cada cinco rodadas você escolhe quais dessas ações genéricas vai colocar no material impresso do partido, e pronto. Daí para frente é um constante repetir das mesmas ações. Com isso o jogo, que já não é atraente visualmente, fica completamente oco e superficial. Para que fosse considerado um jogo mais completo, no mínimo cada uma das ações possíveis deveria render mais subdivisões e aprofundamento. Não é o caso. Fica a semente de idéia para um futuro jogo que aproveite o conceito.