Tempo de Jogo:
1341 minutos
[h1]COMO VALKYRIA CHRONICLES 4 CONSEGUE DESANDAR TANTO?[/h1]
Assim como o primeiro jogo, Valkyria Chronicles 4 é muito forte na narrativa — e isso não seria um problema, se a execução não fosse tão desastrosa. A apresentação dos eventos é apressada, e embora isso tente passar a sensação de urgência da operação militar, a verdade é que falta profundidade nos acontecimentos e principalmente nos diálogos. O ritmo da história é uma montanha-russa mal planejada. Começa até bem, com alguns momentos bons, mas logo desanda para diálogos forçados, situações ridículas e personagens que parecem saídos de um anime genérico de temporada, daqueles que a gente esquece uma semana depois. O que era pra ser um enredo tenso e emocionalmente impactante se transforma em algo excessivamente longo, cansativo e simplesmente tosco. A proposta de você fazer parte de um esquadrão de elite não convence em momento algum. A sensação de estar entre soldados experientes e competentes simplesmente não existe, até a milícia de VK1 é mais convincente. Os personagens — tanto os subalternos quanto os oficiais — agem como se tivessem acabado de sair do ensino médio. A própria Minerva, por exemplo, é superestimada demais pela comunidade, provavelmente só por ter uma buceta. O Claude, mesmo sendo meio sem sal, pelo menos tenta. A trama até tenta trazer drama e peso emocional, mas tudo é sabotado por diálogos bobos e situações que não se encaixam num cenário de guerra. É como se quisessem ser sérios, mas ao mesmo tempo não quisessem sair do molde “animezinho adolescente”. Por muitas vezes queria apertar 'Esc' e pular todo o diálogo, e quando chega nesse ponto, é porque a situação é crítica!
A gameplay, por outro lado, é o que segura a experiência. É gostoso, desafiador, punitivo e recompensador. A introdução dos granadeiros é excelente — mas acaba deixando os lanceiros obsoletos. Com isso, o jogo volta a ter o padrão de quatro classes. Aliás, “estratégia” é uma palavra que mal se aplica aqui. Na maior parte do tempo, você pode simplesmente correr até os objetivos e capturar as bases para vencer. Tentar pensar estrategicamente pode ser mais punitivo do que vantajoso, transformando a experiência mais em um puzzle linear do que em um jogo tático de verdade. Dá pra se divertir? Dá. Mas só se você aceitar jogar do jeito que o jogo quer — e isso pode incomodar. E os controles são... esquisitos. Simples demais e com uma pegada que claramente foi pensada para console. No PC, parece que tudo está no lugar errado. Com o tempo você se acostuma, mas é uma adaptação forçada, e muitos vão se frustrar no processo.
[h2]Notas Finais[/h2]
[b]História:[/b] 3 — A vontade de apertar Esc era constante. Chegou num ponto em que só continuei por obrigação. Se fosse um anime, teria largado logo naquela parte absurda em que o esquadrão deixa outro grupo passar fome por picuinha. Coisas que simplesmente não fazem sentido num contexto militar. Além de diversas outros pontos.
[b]Arte:[/b] 6 — Evoluiu graficamente, claro, mas só visual não sustenta uma sequência. Faltou evolução real — nos sistemas, na narrativa e na construção de mundo.
[b]Som:[/b] 5 — Trilha sonora esquecível, sem momentos marcantes. Totalmente genérica.
[b]Personagens:[/b] 4 — Uma coleção de clichês ambulantes. Muitos tropos de anime você vai encontrar aqui. E VTNC Minerva!
[b]Diversão:[/b] 7 — A jogabilidade tem seu charme, sim. Mas alguns mapas são um porre, e a falta de estratégia real pesa com o tempo.
[b]Nota Geral:[/b] 5 — Vá com expectativas baixas. Muito inferior ao primeiro jogo. E se alguém disser que esse aqui é melhor que Valkyria Chronicles 1… desconfie! DESCONFIE MUITO!
Joguem só o primeiro mesmo!
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