Tempo de Jogo:
4229 minutos
Contrariando o meu “thumbs up”, não... não vale a pena. Por que? Ora... porque já existe o Wargame Red Dragon que é infinitamente melhor do que esse. Mas não necessariamente isso torna esse jogo completamente ruim.
O jogo só valerá a pena, realmente, se você quiser jogar a campanha. Fora isso, de fato pode tranquilamente ser deixado de lado. Ora, se seu foco é MP, como acontece com a maior parte dos jogadores da série Wargame, bom... não há motivo algum para compra-lo.
Wargame European Escalation é um jogo da série Wargame, ou melhor, o primeiro da série. Assim, fica nítido o quão inferior é em relação aos outros. Não há unidades aéreas além dos helicópteros (aviões foram incluídos apenas a partir no segundo jogo, Airland Battle), e tampouco possui unidades marítimas (incluídas no terceiro jogo, o Red Dragon). Ainda, a mecânica de gameplay é visivelmente inferior a dos sucessores, mas não é um desastre total.
O jogo não deixa de dar a impressão de se tratar, na verdade, da versão RTS do tabletop miniature wargame Team Yankee, da Battlefront Miniatures. Assim como esse, o presente jogo gira em torno de um “What if”, no caso, se as forças da OTAN e do Pacto de Varsóvia realmente tivessem engajado em uma guerra de larga escala, sendo que as campanhas giram em torno disso.
Há cinco campanhas. A primeira é a Brüder gegen Brüder (irmãos contra irmãos), em que as duas Alemanhas (Ocidental e Oriental) entram em guerra uma contra a outra. Nesse se jogam com as forças da Alemanha Ocidental. A segunda é a Dabrowski’s Mazurka, em que se comanda os soviéticos lutando contra um levante polonês. A terceira, Able Archer, controla-se novamente as forças da OTAN que, tendo realizado exercícios próximos às fronteiras soviéticas, levaram a URSS a crer que se tratava de um artifício da OTAN para iniciar uma invasão, decidindo, assim, realizar um ataque preventivo em larga escala. A quarta, Wasteland, onde se comanda forças multinacionais das duas alianças que, em razão da falta de fé em seus líderes, os quais se utilizaram das ogivas nucleares que devastaram as principais cidades do globo, se reuniram para lutar contra a OTAN e o Pacto de Varsóvia. E, por fim, Fatal Error, a última campanha, adicionada pela DLC de mesmo nome, em que se joga com a OTAN contra o Pacto de Varsóvia, em um erro de um técnico da NORAD que faz parecer que a URSS disparou suas ogivas nucleares (a velha piada do “e se alguém escorregar e apertar o botão vermelho). Isso acaba iniciando a Terceira Guerra Mundial.
Dessas, a última campanha, Fatal Error, é uma stand-alone, sem relação com as outras quatro, e as subsequentes. Salvo engano, a campanha do Airland Battle é diretamente ligada a essas.
Em geral, são campanhas relativamente legais, bem estruturadas, mas que dão uma raiva absurda, porque que coisa difícil de ser jogada. Há missões que tive de jogar 7, 8 vezes, para conseguir passar. Mas ainda assim é legal jogar.
Algo que me incomodou um pouco é o fato de você precisar gastar Pontos de Comando, que você vai desbloqueando ao completar os objetivos das missões, para poder comprar novas unidades. Realmente não curti essa mecânica. Não sei se jogando MP você recebe mais Pontos de Comando, mas pelo SP você será obrigado a jogar várias vezes as mesmas missões para poder destravar tudo. Quando você pega os Pontos de Comando de um objetivo em uma missão, você não receberá mais a pontuação daquele objetivo em uma nova gameplay, mas poderá pegar a dos objetivos que não foram completados anteriormente.
Enfim... Um jogo típico da série. Difícil, muito hostil a novatos, mas divertido de se jogar quando se pega o jeito e, ainda, muito satisfatório quando se termina as campanhas, dando aquela sensação de “Isso, c******!!!!”.
Se quer jogar a campanha SP, vai fundo. Se quer pelo MP apenas, passe longe e vá direto ao Red Dragon.
👍 : 4 |
😃 : 0