Tempo de Jogo:
592 minutos
Front Mission Evolved foi uma excelente oportunidade de transformar a série de jogos de estratégia, atualmente já quase esquecida, em algo diferente como um jogo de ação em terceira pessoa, o que seria facilmente um grande sucesso, se não fosse a falta de inspiração do gameplay, bem aquém do esperado.
A trama diz respeito a Dylan Ramsey, mecânico de uma empresa responsável pela construção de Wanzers(como são chamados os mechas), que resolve pegar um dos robôs do local e tentar salvar seu pai de um ataque terrorista, derrotando vários inimigos em meio a um conflito mundial, mesmo sem qualquer treinamento militar.
A história até consegue prender a atenção do jogador, apesar do roteiro pouco inovador cheio de clichês ajaponesados.
O jogo abandonou todo aquele esquema tático e agora funciona como qualquer outro jogo de ação em terceira pessoa, com a câmera vista por de trás da cabeça do wanzer. Os controles, embora simples, são meio esquisitos e a gente custa a pegar o jeito e acostumar com a lentidão do robô.
O problema é o caráter genérico conferido a tudo neste jogo, como, por exemplo, os inimigos, que são todos iguais com apenas quatro ou cinco tipos diferentes. A exploração do cenário é muito mal trabalhada, na maioria dos casos, contando apenas grandes corredores construídos por prédios em que tudo que se pode fazer é destruir sensores ou coletar medalhas, o que também não serve para nada no jogo...
Para tentar dar uma variada, existem algumas fases fora do robô, mas elas seguem a mesma formula de andar pra frente e matar todo mundo, sem contar que nestas fases os inimigos tem um delay de uns 2 segundos para morrer, mesmo quando são atingidos na cabeça.
A personalização do wanzer é bastante ampla, porém mais complicada do que o desejado. Os valores mostrados não são de fácil entendimento, e os menus são mal desenhados, de forma que é tudo bem confuso. Felizmente há configurações pré-definidas para os preguiçosos como eu.
Outra coisa bizarra é o comportamento de seus companheiros de equipe, que acompanham o jogador em boa parte das fases. É que eles parecem não servir pra absolutamente nada, pois todos os inimigos irão ignorá-los e atirar apenas em você, ao passo que mesmo que algum inimigo seja atingido em cheio por um míssil aliado, a barra de vida nem se move, parecendo que o dano deles está desligado... nem sei se é assim mesmo ou se é um possível bug.
Há também batalhas contra chefões, que são até bastante interessantes e requerem um pouco mais de cautela por parte do jogador, que deverá observar os pontos fracos do inimigo e aproveitar o curto espaço de tempo entre suas poderosas sessões de ataques para causar neles algum dano.
No mais, Front Mission Evolved fica como um jogo apenas razoável, que apesar de ser sim capaz de entregar certa diversão ao jogador, poderia ter entregado muito mais que isso com a renovação de uma franquia outrora poderosa. RAZOÁVEL (6/10).
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