Tempo de Jogo:
1955 minutos
Rex Rocket é uma pérola perdida num mundo tão vasto de Metroidvanias.
Conheci ele através do canal Colônia Contra Ataca, em um vídeo da série "jogos bons que você não conhece". O jogo faz jus ao título da série mencionada: um bom jogo, mas desconhecido entre o público geral.
Seu intuito é rememorar a alta dificuldade de jogos antigos e incrementar os elementos metroidvanísticos a seu favor. Usando e abusando das mecânicas e armas, Rex Rocket põe seus nervos à prova com uma dificuldade elevada, contando com chefes difíceis e um design que consegue ser desafiador e bem-feito ao mesmo tempo, sem apelar para o injusto ou um bullet hell proposital.
As músicas, que contém um toque de 8 e 16 bits, trazem um charme peculiar ao cenário caótico das salas, sendo memoráveis ao ponto de serem cantaroladas fora do jogo. Cada chefe possui uma trilha sonora própria, contendo semelhanças entre elas, mas todas excepcionalmente boas para os fãs do gênero, trazendo um ar "pesado" para chefes maiores, uma atmosfera "caótica" para chefes rápidos e finalizando com uma excelente trilha para o chefe final.
Falando neles, os chefes conseguem resumir a dificuldade de cada área e condensar suas 30 vidas a míseras 6, forçando você a entender seus padrões e atacá-los de forma bem astuta e sem perder o controle. Vencê-los retorna a antiga sensação de "finalmente passei" e um alívio na alma por ter concluído mais um chefe. Nenhum deles chega a ser injusto, são bem trabalhados, com ataques pouco previsíveis e uma gama excelente de padrões.
A jogabilidade acompanha a fluidez caótica do jogo. Precisa como uma mira a laser, a jogabilidade lembra muito os saudosos jogos do Megaman X, com movimentação rápida e ferramentas que te possibilitem acompanhar toda a velocidade das salas. Dashes, pulos duplos e tiros carregados são itens obtidos durante o jogo (como um bom metroidvania), adaptando as salas futuras com as habilidades adquiridas, rapidamente colocando o jogador para testar novos limites (tanto os das habilidades quanto seus próprios).
Os gráficos possuem uma pixel-art agradável. As salas são bem detalhadas e coloridas, embora possuam cores muito semelhantes. Infelizmente, a repetição de cores, às vezes, dá a sensação de estar andando em círculos e progredindo muito pouco. Os personagens também são bem simples, parecendo bonequinhos de Lego em miniatura.
A história também é relativamente simples. Nota-se que o foco principal dos desenvolvedores era entregar um bom e difícil jogo de plataforma e não uma obra do Tolkien em forma de jogo. E, realmente, ela faz pouca falta. O mais importante já está bem trabalhado.
Em suma, um jogo excelente aos fãs de um difícil jogo de plataforma. Com músicas boas e uma jogabilidade excepcional, vale a pena perder alguns fios de cabelo jogando essa pérola. Talvez não um bom jogo para aqueles que não gostam de perder a paciência jogando um jogo, mas um excelente achado aos fãs de Megaman que buscam um bom desafio.
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