Tempo de Jogo:
845 minutos
[h2]É aquela velha frase: “Tudo que deriva do LoL é melhor que o próprio LoL”. [/h2]
Se eu puder definir minha experiência com esse jogo em uma palavra, eu escolheria “surpresa”, pois quando vi [i]Mageseeker [/i] pela primeira vez, fiquei interessado com a ideia de explorar a lore de um dos bons personagens do MOBA. Contudo, qualquer empolgação que eu poderia ter, acabou se desfazendo quando vi quem são os responsáveis por seu desenvolvimento: os mesmos criadores de Moonlighter, um jogo que entendo ser bom mas que não chegou a me cativar.
Imagine então a minha surpresa quando não só encontro um jogo super divertido mas também me encontro vidrado, querendo sempre ter mais e mais da experiência. Após o fim de Mageseeker, fico pensando se talvez eu não deva dar outra chance para Moonlighter.
Agora antes de eu falar sobre o jogo em si, acho importante deixar avisado que eu não pretendo dar destaque a nenhuma coisa fraca do jogo, por quê elas não existem? Não, esse jogo tem pontos baixos, porém são poucos que não me incomodaram em momento algum, ao ponto que preciso me esforçar bastante para trazer esses pontos da mente, ainda sim, não daria muito mais que duas linhas, por isso, aqui vai:
[i]Acho a história um pouco acelerada demais.[/i]
Com isso fora do caminho, vamos lá.
[i]Mageseeker[/i] é um jogo que nos coloca na pele de [b]Sylas, o “Abjugado”[/b] (como é conhecido no LoL), um rebelde que luta pela libertação dos magos em uma nação que os reprime ao máximo. No que se conhece antes desse jogo, muitas vezes nosso protagonista beira a vilania e o terrorismo. Aqui, vemos um lado diferente dele, um anti-herói que se constrói no líder revolucionário do jogo (com algumas mudanças).
Para o ajudar — inclusive aproveito para entrar na narrativa — temos todo um grupo de NPCs que se unem a rebelião após serem salvos por nós, no controle de Sylas. Todos com o mesmo objetivo de mudar as leis no reino de Demacia. Esses personagens de apoio são um grande destaque.
Para mim, os coadjuvantes que ajudam Sylas em sua missão são um ponto altamente crucial desse jogo, de forma que até não ir atrás de conversar com eles após as missões é um erro de qualquer que seja o jogador. Eles esbanjam carisma e personalidade, algo que é ainda mais exaltado pelo design de arte nas pixelarts de seus retratos nas conversas meio visual-novel. Muitas vezes me encontrei tocado emocionalmente pelas diversas interações que temos fora e dentro das missões.
A história pode até parecer mediana e se vermos a ordem dos acontecimentos por si só, ela acaba sendo mesmo. Porém ao meu ver, Mageseeker não é sobre o que acontece mas sim como os personagens reagem ao que acontece, sinto que esse é o foco da narrativa. E tudo isso é escrito de uma forma tão incrível e tão sútil, que não precisa de fanservice para aproveitar aquilo que é a melhor coisa de League of Legends, o mundo de Runeterra (não que os fanservices e as referências não existam, pelo contrário, um fã da lore de LoL vê aqui um prato cheio para reações de surpresa). Contudo, antes que eu divague demais, foquemos no ponto principal desse jogo: gameplay.
A gameplay é bastante simples, seguindo um estilo quase hack and slash, você possui ataques, esquivas e magias, podendo realizar combos com todas essas variáveis, as vezes ganhando efeitos graças a certos fatores do jogo. Como eu disse, bastane simples, porém bem realizada, o famoso “arroz com feijão bem feito”.
Isso porque há uma variedade de inimigos e magias bastante satisfatórios, que geralmente possuem uma mecânica de vulnerabilidade elemental que pede pela variação entre as magias. A diversidade de builds, já que entrei nesse assunto de variedade dos poderes, é muito satisfatória pois tais habilidades podem não ser [b]gigantescas[/b] mas são diferentes, o que certamente muda as escolhas de acordo com o jogador.
Por fim, tal simplicidade é variada através de dois tipos de missões que sempre surgem em momentos necessários: horda e destruição de base. Isso sem contar em chefões que expandem o combate ao misturar mecânicas de movimentação e testarem a habilidade do jogador. Joguei no normal e achei todos os desafios na medida, nem fáceis demais, nem difíceis de frustrar.
Bom, eu poderia ficar falando sobre esse jogo por muito tempo, foi uma surpresa tão bem vinda que desejaria ter muito mais. Meu papo é muito simples: [b]jogue[/b], dê uma chance.
[i]“Let the Revolution begin!”[/i]
9.5/10 | 4.5/5 ★
[b]OBS:[/b] A única tristeza que esse jogo pode trazer, é o pensamento de que a Riot Games acabou com a possibilidade de mais joias como ele existirem e decidiu apostar em venda de skin podre gacha, nem pra cobrar por um bagulho legal, ainda é tudo feio. Mas é aquilo né, “vender, vender, vender!”.
Uma coisa boa eu tiro de tudo isso: vale a pena acompanhar os desenvolvedores.
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