Avaliações de Strangeland

An adventure game if ever there was one. Sublime.

Bom jogo, como os demais da produtora. É incrível a quantidade de referências histórias, livros e tudo mais. Uma obra de arte.

Jogo legal, um bocado difícil. Artes muito boas, voice acting incrível e ótimos puzzles, pena que é um pouco complicado de entender a história no geral.

Não entendi P**** nenhuma, mas os puzzles são bons !!

Um adventure bem diferente do que costumamos ver, que deve agradar fãs de jogos como Sanitarium ou dos adventures da Harvester Games. Duração perfeita para a história que está sendo contada (3~4 horas), dificuldade bem balanceada nos puzzles - com um sistema de dicas integrado no jogo e uma arte maravilhosa. Confesso que gostaria de ver essa arte em uma resolução maior, mas é mais questão de gosto que uma crítica https://www.youtube.com/watch?v=YDU-FVBS6gI&t=12s

[h1]Recorremos a símbolos para lidar com os problemas da vida.[/h1] Essa frase resume o que [i]Strangeland[/i] é, tanto na sua experiência de jogo como a experiência de seu desenvolvimento, como os designers revelam quando ativa o "Modo Comentário." Uma experiência surreal que serve símbolos e mais símbolos para retratar o mundo mais complexo e inexplorado da humanidade, o templo interno que abriga nossas mentes. Com uma arte que casa o frio industrial com o calor orgânico, [i]Strangeland[/i] provoca o arrepio sensorial, transportando o tato do jogador para esse mundo híbrido, o convidado a se sujar também dessa união matrimonial entre a carne e o ferro. Mas a arte divide seu lugar de destaque com a excelente trilha sonora e incrível dublagem das personagens que se apresentam nesse circo de horrores dessa terra estranha. Entretanto, não se pode aclamar tanto para a narrativa e os quebra-cabeças. De início, os obstáculos em [i]Strangeland[/i] são mais satisfatórios devido a sua natureza aberta, mas acabam se tornando mais lineares e simples durante o progresso do jogador. A narrativa por si não é mal, mas também não arrisca em inovar. A coletânea de símbolos oferecem grande descarga emocional, mas tal leitura pode se igualar a experiência de ler um dicionário em busca do significado e poder de uma palavra, outro símbolo que exerce poder sobre nossas experiências humanas, especialmente quando se reconhece os símbolos antes da história os convocar para invocar emoções. Portanto, a narrativa pode-se tornar uma soma simples de matemática, onde se vê 2 + 2 e se espera 4, e o jogo não subverte essa lógica, gerando nenhuma surpresa. Porém, isso não significa que [i]Strangeland[/i] conte uma história ruim, não. Personagens e, principalmente, frases irão ficar com jogador após completar o jogo. Esses símbolos comunicados, novamente, por uma excelente dublagem poderão até mesmo encontrar espaço nas paredes do palácio mental dos jogadores, sendo referenciados futuramente quando a vida apresentar novos problemas para eles. Em resumo, [i]Strangeland[/i] é uma experiência surrealista espetacularmente apresentada e bem construída, mesmo que não fuja dos moldes fundamentados do gênero. Moldes esses que fazem um coral fenomenal com as vozes dos incríveis dubladores somadas com as nossas próprias vozes mirabolantes, habitantes de nossas próprias terras estranhas internas.

Ótimo jogo de point and click, não possui nenhuma dificuldade elevada e fala de forma bem interessante sobre temas de saúde mental, recomendo cuidado para quem tem sensibilidades com temas como morte, depressão e saúde mental.

[h1][b][i]Um estranho em uma macabra terra estranha..?[/i][/b][/h1] A princípio, sim. Porém, através de uma aterradora - e incrivelmente interessante - jornada, [i]Strangeland[/i] vai se revelando algo mais do que familiar em seus fantásticos detalhes, e o nosso protagonista torna-se tão íntimo para aquele terrível mundo quanto para nós, meros espectadores daquele carnaval de bizarrices. Sem nome, sem passado, e sem dignidade alguma, o tal protagonista segue através de cenários pixelados de altíssima qualidade e psicodelia, nos atirando muitas vezes em diálogos e sequências que parecem ter sido inspiradas diretamente em retratações infernais e, claro, no mais puro horror cósmico. Mas não é "apenas" para isso que o jogo existe, afinal todo o lúgubre contexto e enredo será explicado (ou não, mas prometo que pelo menos fará certo sentido) em seus momentos finais. Em muitos momentos parece que estamos a presenciar desconexas mensagens filosóficas que são vomitadas aleatoriamente pelos estranhos personagens do jogo, mas temos que lembrar que a mente do protagonista é o real terreno dessa trama, e o absurdo é o novo normal em Strangeland. Para quem já conhece o Wormwood Studios vai, logo de cara, remeter esse jogo ao clássico [i]Primordia[/i], afinal - mesmo pertencendo a diferentes gêneros - temos um contexto parecido e uma arte bem peculiar. Acredito que, por isso, alguns esperavam um tipo de sequência da excelente jornada robótica pós-apocalíptica, mas o que temos aqui é algo bem diferente. Eu diria que temos algo muito mais pessoal nessa "estranha" terra, uma história extremamente íntima, que permeia através da autodescoberta e enfrentamento dos seus medos mais profundos. Há um link muito maior entre o jogador e o protagonista, e não é porque ele é humano, mas simplesmente porque a trama evoca filosofias, passagens, estigmas, conflitos e mais uma série de coisas que nos fazem envolver-se muito mais com tudo aquilo. O jogo possui cenas pesadas, e - eu diria- cruas, em vários sentidos da palavra, mas o contexto demanda isso e, como já mencionei, tudo fará sentido e realmente precisa ser retratado desta forma - pelo menos neste mundo medonho no qual os variados personagens estão inseridos. Mas o que vem a ser esse mundo? Quem são estes personagens tão estranhos e, por vezes, aterrorizantes? Bem, realmente só jogando para tentar entender todo esse contexto no qual somos lançados e o motivo de certas atitudes e situações corriqueiras que iremos presenciar. Mas logo adianto que nem tudo são flores no que diz respeito ao total entendimento da trama, certo? Realmente acredito que isso foi colocado de maneira proposital, e muita coisa aqui não precisa ser realmente compreendida para ser aproveitada. Uma dica: só siga os trilhos e entre pela boca do palhaço quantas vezes forem necessárias. A jornada aqui é meio curta. Registrei 7 horas de jogatina, porém eu vasculhei praticamente tudo, interagi com todos os personagens, li todos os diálogos e cacei todas as principais conquistas. Então, certamente, daria para finalizar tudo entre 5 e 6 horas se a trama for seguida da forma mais linear possível, ou até menos. Isso é ruim? Claro que não. O jogo nos apresenta muito bem todo o seu contexto e personagens e, principalmente, consegue transmitir a sua mensagem da melhor maneira possível, nos possibilitando até inúmeras interpretações - e, na verdade, é exatamente aqui que o jogo brilha. Então, não desanime pelo fato do jogo ser relativamente curto, pois o conjunto da obra vale cada centavo investido. Um adventure que nos apresenta uma lúdica jornada da alma travestida de brutais horrores cósmicos. Estranho? Claro, afinal essa é a real intenção de [i]Strangeland[/i].