Avaliações de Anthropomachy

Pense numa decepção. Nem devolver o jogo, eu consegui.

Vale a pena o investimento, é um jogo que além de entreter, nos ensina bastante sobre História Contemporânea e é imperdível para quem se interessa pelos deuses gregos! São inúmeras as possibilidades de táticas que você pode arriscar com o panteão de deuses disponibilizado no jogo, há mais de uma dezena deles, cada um com poderes e particularidades que tornarão sua missão mais fácil ou mais difícil! Entre os deuses estão Zeus, Atenas, Hades, Ares, Dionísio e muitos outros! Antes de escolher qual divindade te acompanhará na jornada, leia com atenção os atributos e poderes de cada um e veja qual combina melhor com seus métodos!

Comprei depois de ver na BGS e acabou sendo um jogo bem legal para passar o tempo.

Jogo bem fácil, mas divertido. A maior dificuldade do game é descobrir como ele funciona. Depois de aprender as mecânicas, infelizmente, Anthropomachy perde a graça após algumas poucas partidas... Apesar desses problemas, é divertido e conseguiu me prender por algumas horinhas.

Como o jogo é muito barato, não tem como não recomendá-lo. Eu conheci este jogo na última BGS, tive a oportunidade de conversar com os desenvolvedores, e achei interessante o conceito, e até o estilo de estratégia influenciando nações, emprestando alguns elementos de Populous, mas com clara influência de jogos da Paradoxx (Hearts of Iron, Europa Universalis, Crusader Kings). No caso deste jogo você pode escolher uma das principais divindades da mitologia grega procurando reestabelecer sua crença ao redor do mundo. O jogador faz isso essencialmente colocando templos em determinadas nações, que então permitem que o jogador utilize alguns poderes (de acordo com categorias que o jogo estabelece) e o uso desses poderes, de acordo com o perfil de cada nação, converte a população local para a sua religião, e dali o jogador parte para outras nações. O problema é que é tudo muito fácil. Eu joguei 30 minutos e já ganhei o jogo. E ganhei liberando todos os poderes, maximizando todos eles, e sem em nenhum momento correr qualquer risco durante toda a partida. Poderia até ter vencido mais rápido. As equações para lançar os poderes são simples, e não existe nada no jogo que realmente concorra contra o jogador. Não existem divindades contrárias atuando, não existe virtualmente nenhuma reação ao que o jogador faz, os poderes possuem um tempo de "cooldown" mas não está claro em momento algum qual a relevância desse cronometro já que rigorosamente não existe nada correndo contra o tempo do jogador na partida. O jogo é extremamente passivo ao que o jogador faz, e em nenhum momento o desafiam salvo por alguns eventos que pipocam por vezes (no estilo Crusader Kings) e cujos efeitos negativos aumentam com o passar do tempo, mas nada que efetivamente desafie o jogador. O jogo também toma algumas visões políticas polêmcias desnecessárias (como chamar Israel como se fosse também Palestina). Parece puro reflexo ideológico dos desenvolvedores, já que idêntico cuidado não foi tomado em várias outras regiões (China/Tibete, por exemplo, e virtualmente todas as nações africanas, a incorporação do Suriname e das Guinés ao Brasil...) Pelo preço, vale a pena dar uma forcinha para os desenvolvedores nacionais, mas o jogo precisa crescer bastante em conteúdo e complexidade para desafiar efetivamente o jogador.

Fui jogar com bastante expectativa, porque eu adorei a apresentação deles na BGS e eu amei os personagens. Gostei que tem várias meninas, e deusas bem legais menores também. O que eu sinto falta são mini "dicas" que o jogo te dê, objetivos pequenos. Eu preciso disso para aprender a jogar numa primeira vez. Também informo que a transição da tela dos poderes de volta para o mapa está muito lenta. Eu também queria que tivesse opção de "skip" de tempo. Não sei, eu fico meio perdida, porque se eu não faço nada, o jogo não me amaldiçoa também, nem me dá uma ajudinha. Eu também tenho vontade de saber o que o povo pensou das magias que eu lancei neles. Queria muito que tivesse uma "reação" de vez em quando quando eu faço algo. Tipo frases do povo. Enfim, eu achei a ideia muito legal, mas achei paradinho, queria que fosse possível avançar ou tivesse miniquests. Me faltou saber como jogar.

Anthropomachy é um jogo de estratégia onde você é um deus grego clássico que ressurgiu no século XXI que deve reviver seu culto e se tornar o deus supremo da Terra. Devo dizer que esse é um dos meus jogos favoritos devido seu contexto e em como se joga. Você não controla soldados ou nações inteiras. Seu controle é muito mais indireto. É sobre como você afeta o mundo com suas bençãos ou maldições. É muito mais uma aventura de interpretação do que um simulador de nação. Você não vai escolher um país e usar seus recursos para conquistar mundo, mas interagir nesse universo alternativo através da sua visão do deus escolhido, gerando inúmeras histórias e criando um enorme valor narrativo, o que para mim é a sua maior e mais importante característica. Além do mais, você pode jogar com Persephone. Qual foi a última vez que você jogou um jogo mitológico grego que Persephone foi tratada como uma deusa principal do que uma deusa menor ou até mesmo uma mera personagem de suporte para o desenvolvimento de Hades?