Avaliações de Maraiyum: Rise of the Setting Sun

Infelizmente não é possível recomendar Maraiyum. A ideia subjacente do jogo é muito similar a games como Princess Makes ou Magical Diary. Essencialmente você conduz a herdeira ou herdeiro do trono através de uma "agenda" de ações que é influenciada pelo estado de humor da personagem e também de suas roupas para influenciar o resultado que isso terá sobre os "atributos" e habilidades da personagem. Conforme as "estatísticas" da personagem o resultado dos eventos que vão surgindo no decorrer do jogo são afetados positiva ou negativamente. Até esse ponto, nenhuma novidade nem nada de errado na forma desse tipo de jogo. Mas Maraiyum sofre de três problemas principais que comprometem demasiadamente o jogo. O primeiro deles é a ausência de aleatoriedade por praticamente toda a primeira metade do jogo. Os eventos durante as primeiras 20-25 rodadas são SEMPRE os mesmos, SEMPRE na mesma ordem, e SEMPRE testando as mesmas habilidades, sem muito espaço para manobra do personagem. Ou seja, é simpelsmente uma questão matemática de saber quais as estatísticas devem ser "elevadas" para responder a um evento em especial. O segundo deles é o fato de que PARTE desses eventos são fatais. É simplesmente game over se o jogador não tiver a estatística necessária, na habilidade específica, para ultrapassar aquele evento. E como regra isso não tem muita lógica porque não se trata de respostas a escolhas do jogador, mas uma consequencia arbitrária, porém predeterminad, que acontece ao longo do jogo, e, novamente, é uma questão de tentativa-e-erro ou de "salvar" o jogo a cada rodar para conseguir desenvolver a habilidade "certa" para passar do evento fatal. O terceiro deles é o fato de que o jogo se torna tão linear, e tão previsível e matemático no seu começo, que perde-se qualquer tipo de imersão ou de liberdade para criar um perfil de personagem que o jogador queira, mas uma corrida contra o tempo para ter as estatísticas que o desenvolvedor do jogo queria. Aí, quando finalmente chegamos a segunda metade do jogo em que as opções se abrem (um pouco) mais, já é tarde demais para afastar o enfado, e quando o jogador receber pela enésima vez mais um game over por uma consequência arbitária qualquer, de uma estatística qualquer que o desenvolver achou importante naquele momento, é dificil afastar o enfado e frustração. Se o jogador procura jogos de simulação de criação de personagem em que as diversas opções levam a finais distintos e interessantes, clássicos como Princess Maker ainda são escolhas muito melhores.