Avaliações de SturmFront - The Mutant War: Übel Edition

Carnificina, Death/Thrash Metal e muito sangue... Não tem como não gostar!!!

[h1] MUITO ESTILO, POUCA SUBSTÂNCIA [/h1] Sturmfront é um twin stick shooter inspirado e que se assemelha a jogos clássicos dos arcades, como Alien Syndrome e Shock Troopers, com um forte tema de heavy metal. Nele você controla Siegfried von Hammerstein, um ciborgue criado com o único objetivo de destruir os mutantes gerados geneticamente em laboratório que ameaçam extinguir os humanos. A história é contada por caixas de texto, durante a tela de loading, e ao entrar em contato com caveiras douradas durante a fase. Tais caveiras também servem com "waypoints". O grande problema aqui é que abre-se uma caixa de texto com toda a história de uma vez, com uma fonte pequena, e sem pausar a ação. Os controles são muito simples. Jogando com um joystick, a alavanca esquerda move o personagem e a da direita controla a mira. Existe um botão de tiro, cuja arma pode receber aprimoramento ou ser temporariamente substituída por uma outra especial com munição limitada, como um morteiro, lança foguetes ou lança lâminas; e um botão dedicado para o lança chamas, que, além de destruir objetos e inimigos, pode ser usado como mecanismo de defesa para destruir projéteis inimigos. Ou então pode-se usar os botões da "face" para atirar numa direção predeterminada. O jogo se passa em 5 fases (além de uma área inicial e um quarto secreto), dividida em dois setores. Ao final do segundo setor há uma luta contra chefe. Siegfried tem uma barra de vida com 3 segmentos que, ao ser esvaziada, causa a morte e o retorno para o início do setor. Os níveis são curtos e não há checkpoints no meio das fases, mas perde-se pouco progresso ao morrer devido ao tamanho do nível. Pelo cenário, além de armas e power ups que deixam o tiro mais forte, existem pacotes de saúde, que recuperam 1 ponto de vida, e galões de gasolina que enchem a barra de combustível do lança chamas. Sturmfront apresenta gráficos em pixel art com muitas cores e detalhes. Há muitos efeitos de "gore", como pedaços de carne e sangue voando, além de explosões que chegam a tremer a tela. Há também objetos destrutíveis e algumas "decorações", como placas que acabam obstruindo a visão. Não há grande variedade de inimigos. Lembro de ter visto cerca de 6 tipos diferentes, além dos chefes. Alguns apenas causam dano por contato físico, enquanto outros conseguem efetuar disparos. A maioria deles requer muitos tiros para serem derrotados mesmo no nível médio, o que, além de tornar o ritmo lento, prejudica a manutenção da barra de "combo", que multiplica a pontuação obtida. A trilha sonora conta com composições originais no estilo heavy metal. Algumas contam com rifs de guitarra em ritmo acelerado, outras, como a música da tela de loading, soam como uma batucada na bateria muito semelhante à música do Metal Slug. O jogo tem estilo, mas falta substância. O visual pixel art é bacana, a música heavy metal é ok, as mecânicas de jogo são competentes, existe uma narrativa bem dark, mas falta aquele algo mais. O ritmo é muito lento, principalmente por causa do movimento do protagonista. O level design é muito simples, na maior parte do tempo basta apenas seguir para o alto da tela,. Os inimigos são muito agressivos e bem resistentes, atiram com frequência, antes mesmo de aparecerem na tela, e requerem muitos tiros com a arma padrão para serem abatidos, então é fácil ficar "sobrecarregado". Sem um movimento de defesa do tipo "rolar para longe", o que dá pra fazer é lentamente tentar se afastar buscando uma brecha entre a "chuva de balas" ou usar o tiro secundário para destruir os projéteis inimigos. Sturmfront precisava de mais para ser divertido: mais velocidade, mais agilidade e mais tensão (inclusão de mais objetivos -como destruir todos os ninhos ou resgatar civis- ou limite de tempo para completar a fase). Sturmfront me lembra aqueles jogos de celular da virada do século que buscam inspiração em clássicos dos arcades, que até parecem interessantes, mas rodam tão devagar que não trazem divertimento. Mais recomendado para quem sente saudade da simplicidade dos jogos das eras 8 e 16 bits, mas que não consegue acompanhar o ritmo frenético e dificuldade de outrora. Quem quiser uma verdadeira experiência "oldschool"possivelmente se decepcionará.