Tempo de Jogo:
1671 minutos
Gabriel Knight: Sins of the Father é o primeiro adventure da Sierra que eu joguei, tendo sido fã dos jogos da Lucasarts minha vida toda, e posso afirmar que com certeza vou me aprofundar mais em jogos da empresa e principalmente dessa série e de sua criadora, Jane Jansen, depois de jogá-lo. Gostei muito da história e do universo criado, e bastante também com a extensa pesquisa que claramente foi feita acerca dos elementos históricos e religiosos presentes aqui, sendo bem mais respeitoso do que eu esperava de um jogo de 1993 - enquanto o jogo é sobre a investigação dos "Assassinatos Vodu", houve um esforço enorme para explicar diversos dos elementos dessa cultura e fazer uma distinção entre "voodoo" e "black voodoo". O jogo também se passa em Nova Orleans e apresenta vários locais de verdade da cidade.
Os visuais, por mais que tenham uma resolução pequena, são bem bonitos, principalmente pra época, além de apresentarem alguns visuais desconcertantes que eu não estava esperando. Várias das cutscenes também foram claramente inspiradas por quadrinhos e graphic novels, com divisões em painéis (exemplificado mais ainda pela graphic novel que vinha junto do jogo fisicamente na época). O jogo é voltado para o público adulto, e por conta disso apresenta momentos de violência e gore. As músicas aqui variam entre boas e excelentes, o tema principal é com certeza um destaque. As vozes no geral também são bem boas, com grande parte sendo composta de atores de Hollywood, como o Tim Curry como Gabriel Knight e o Mark Hamill como Detetive Mosely.
Quanto à falhas, tive algumas que incomodaram um pouco em minha experiência. Do áudio, o maior problema é a voz da narradora, que eu achei bem ruim e destoa do tom do resto do jogo. De escrita, tiveram algumas piadas e quebras da quarta parede que achei que destoaram um pouco demais também, e achei uma ou duas observações que entregam surpresas do enredo antes da hora. Nos sistemas do jogo, eu tive problemas principalmente numa parte envolvendo tambores, a interface não é nada intuitiva e eu só descobri que tinha mais páginas que eu precisava usar lendo o manual do jogo. E eu teria incluído a graphic novel que vinha com o jogo junto do manual em um PDF, tive que pesquisar na internet pra ler.
Mas o maior problema que a maioria vai achar quando jogar se trata da emulação: o jogo presente aqui na Steam roda pelo DOSbox, e no geral a emulação funciona muito bem, mas existem certos momentos envolvendo timing que a velocidade do emulador não permite que o jogador faça as ações necessárias dentro do tempo. Isso pode ser resolvido entrando na pasta do jogo e editando o valor do "cycles" dentro do arquivo "dosboxGK.conf" para uns 10000, fazendo a ação e depois editando de novo para "max", mas é um processo que é chato e devia ter sido minimamente testado antes de ser lançado aqui na Steam - mas infelizmente, para quem gosta de jogar esses jogos antigos de PC, faz parte.
Eu com certeza recomendo Gabriel Knight: Sins of the Father para quem gosta de jogos adventure, e mal posso esperar para jogar o resto dos jogos da série.
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