Broken Sword - Shadow of the Templars: Reforged - Gráficos e Estatísticas da Steam

ADVENTURE VELHA GUARDA NOSTÁLGICO [Terminado com 20h] A primeira vez que joguei Broken Sword não foi, por incrível que pareça, no PC e sim no PSOne. Foi um dos poucos jogos que a minha mãe se interessou em comprar pra mim. Ela sabe que eu adoro um adventure e, na época ela queria me da rum joguinho de aniversário. Ela foi na lojinha onde a gente comprava nossos "piratinhas", bateu um papo com o vendedor e trouxe pra mim o Broken Sword. Eu já achei legal no videozinho de abertura. Meu inglês não era o melhor naquela época, mas eu me esforçava. Fui desvendando os enigmas e avançando na história meio que na intuição, meio que na sorte. Eu sempre achei que num adventure, a recompensa para o jogador em desvendar um enigma era passar para o o próximo. Eu tava achando bem legal. Avancei até o momento em que o pobre assistente do Peagram é atropelado na Irlanda. Quando o Maguire entrava pra dizer o que havia acontecido, meu jogo travava. Mesmo trocando as cópias algumas vezes, eu nunca consegui avançar além dessa parte, e por fim o jogo ficou esquecido... até o Reforged. Eu comprei um pacotão com todos os Broken Swords na GoG e comecei pelo Director's Cut. Claro que estranhei a parte com a Nico, eu não me lembrava de ter jogado com ela. Quando eu terminei o segmento dela e comecei o do George, eu fui dar uma pesquisada nas diferenças entre versões e descobri que o jogo estava sendo remasterizado. Tive de parar e esperar o lançamento pra jogar na maior definição possível. Broken Sword é um adventure em toda sua essência. Uma história cinematográfica, animação boa, itens e diálogos a rodo. Tendo conseguido superar a frustração da versão do PSOne e chego até o fim dessa jornada, eu devo dizer que o desenho está muito bonito. Cheio de detalhes novos, nova projeção da iluminação e, se não me falha a memória, com algumas cutscenes novas. Por exemplo, eu não me lembro de na versão do PSOne ter toda uma sequência mostrando o atropelamento do assistente do Peagram. É legal você apertar a tecla TAB e ver o gráfico original e o novo. Dá pra ver o empenho colocado para redesenhar cada um dos backgrounds. As cutscenes deixa um pouco a desejar em questão de nitidez se comparado aos momentos em que se está jogando. Mas se comparar com o original, está muito melhor. Outra coisa que eu senti na modernização é que eles não remasterizaram o áudio. Talvez por não terem mais as master originais, eles não conseguiram eliminar o abafamento causado pela compreensão de quando o áudio foi primeiramente gravado. Eles deram uma ajustada pra mitigar ao máximo esse viés, mas mesmo assim a definição do som não acompanha a definição da imagem. Uma coisa que eu percebi ao jogar novamente essa versão é a quantidade de diálogo. O George narra quase tudo o que ele faz e as conversas com os NPCs são extensas. Acho que nunca joguei um adventure com tanto diálogo quanto Broken Sword, e olha que eu tive/tenho todos os Monkey Islands. Isso me deu uma cançada, mas não o suficiente para me fazer largar o jogo. Os enigmas com itens são praticamente todos intuitivos e eu gosto bastante disso. É prazeroso resolver um enigma através de dedução lógica, mesmo que não seja muito difícil. Eu não gosto muito quando os enigmas são baseados em soluções mirabolantes como as do Monkey Island, a título de comparação. O jogo não é difícil, mas eu tive de usar o sistema de dicas na parte de Marib, na Arábia Saúdita. Mas de resto o jogo fluiu bem. Vi algum gameplays que terminam o jogo em 8h. O relacionamento do George e da Nico desenrola meio forçadamente, mas a gente perdoa, eram os anos 90, a gente tinha pouca noção dessas coisas e, cá entre nós, não era o foco. A presença alegórica da mulher como par romântico do protagonista era muito comum nessa época. Mas no fim, foi muito gostoso jogar Broken Sword. Eu não enjoeei do jogo, achei o ritmo do jogo confortável e em diversos momentos eu quis estender até um pouco mais tarde pra tentar resolver algum enigma divertido. 8/10 na escala leomaníaca por ser como um adventure tradicional nostálgico com um visual bem modernizado. Só pra pegar a insignia