Avaliações de The Passenger

Sofre daquele velho problema de IFs. Os relacionamentos têm de ser opcionais, e, no fim, eles acabam xoxos. No meio do caminho, você não sabe quem efetivamente sabe a natureza do seu ser, quem suspeita e quem não tem ideia, porque todo mundo age como se o comportamento cada vez mais errático do personagem principal é absolutamente belo e moral. Ademais, as justificativas diagéticas de o porquê você não pode se tornar uma divindade e reinar sobre a humanidade são repetitivas. Para um gênero de jogo que coloca escolha acima de qualquer convenção de enredo e retórica, ter de ouvir que isso não é uma opção a cada cinco minutos da boca de quatro personagens diferentes é bem entediante. Se o autor não queria escrever isso, se não é esse tipo de história, muito que bem, não é esse o ponto. Mas faça isso parte da motivação do personagem principal, demonstre que isso prejudica sua motivação principal (sobreviver e/ou fugir do predador), e não apele para o argumento moral. À uma criatura que, também muito repetitivamente, nos lembra que não é sujeita a essas sentimentalidades humanas.