Avaliações de Gunbrella

Bom game!

Assim que comecei Gunbrella, fui imediatamente fisgado pela sua direção de arte. A pixel art é simplesmente deslumbrante. Cada ambiente carrega uma identidade visual própria — dos becos sujos e melancólicos até as áreas industriais e florestas chuvosas — tudo pintado com uma paleta sombria, mas incrivelmente detalhada. Os personagens têm animações fluidas e expressivas, e até os inimigos, por mais grotescos que sejam, têm um charme visual inegável. Mas o que realmente me surpreendeu foi a trilha sonora. A escolha de jazz como base sonora para um jogo de ação sidescroller é inusitada, e Gunbrella faz isso funcionar com maestria. As batidas aceleradas, os metais graves e as linhas de contrabaixo criam uma atmosfera única — suja, tensa e ao mesmo tempo estilosa. Me senti em um filme noir misturado com um pesadelo steampunk. E, claro, o que dá alma ao jogo é a sua gameplay. A sensação de controle é extremamente satisfatória. O movimento com a Gunbrella — esse guarda-chuva que também é arma e ferramenta de locomoção — é simplesmente delicioso. Saltar, planar, deslizar em cordas ou rebater tiros inimigos com o escudo nunca envelhece. A curva de aprendizado é bem equilibrada: você começa com movimentos simples, mas logo está fazendo manobras mirabolantes no meio de tiroteios intensos, tudo com uma fluidez viciante. As lutas são dinâmicas e variadas, os chefes são memoráveis e o ritmo do jogo te prende do início ao fim. A história, com seu tom misterioso e personagens excêntricos, complementa muito bem o pacote. No fim das contas, Gunbrella é mais do que só um bom jogo de ação — é uma experiência com identidade forte, que combina estilo visual, musicalidade e gameplay de um jeito que poucos conseguem. Me diverti do início ao fim, e ainda fiquei com aquela vontade de voltar só pra sentir mais uma vez o prazer de voar por aí com meu guarda-chuva armado ao som de jazz.