Avaliações de Tom Clancy's Ghost Recon® Island Thunder™

Antes de termos cobertura automática, mira assistida e regeneração de vida como padrão, existia Island Thunder. E meu amigo… que jogo tenso. Se você vacilasse um segundo, tomava um tiro e voltava pro menu principal com humildade. Era na raça, no ouvido, e no binóculo. Mas vamos ser justos: esse jogo é MUITO antigo. E levando isso em consideração, dá pra dizer que os gráficos e a mecânica eram inovadores e desafiadores pra época. Era o tipo de FPS tático que não segurava sua mão — você precisava planejar, calcular cada passo e ficar atento a cada sombra. A ambientação nas selvas cubanas era densa, tensa e cheia de surpresas (quase todas letais). Porém, se teve um ponto que incomodou — e não foi pouco — foi a IA do inimigo, que parecia ter um GPS embutido. Você tava atrás de uma pedra, bem escondido, e mesmo assim tomava um tiro cirúrgico de um NPC que nem deveria saber que você existia. O raio de percepção dos inimigos era surreal, e isso quebrava um pouco da imersão. Era mais “Ghost Paranormal Recon” do que “Ghost Recon”. E falando em desafios, a interface e os controles eram um capítulo à parte. Confusa, travada, cheia de atalhos que pareciam saídos de um teclado alternativo. Sério: quem em sã consciência coloca o botão de recarregar como “Z”? Tudo bem que era outro tempo, mas pô… o “R” é de “Reload”, né? Coerência, Ubisoft! Apesar desses tropeços, Island Thunder ainda tem seu charme bruto. As operações são sérias, a tensão é real, e completar uma missão sem perder um soldado te dá um orgulho que poucos jogos entregam hoje. Era estratégia acima de tudo — e cada decisão contava. Recomendo com carinho pra quem viveu essa época ou quer entender como era o tiroteio raiz, sem radar, sem mira automática, e com inimigos que aparentemente tinham visão de raio-x. Island Thunder não era só um jogo, era um teste de nervos… e de paciência com a tecla “Z”.