Tempo de Jogo:
295 minutos
Me lembro bem de quando comprei deadly dozen: pacific theater em um mercado perto de casa, que acompanhava a famosa revista da fullgames com manual em português e uma capinha bem ok para os padrões da época. Me lembro de não ter jogado no lançamento em 2002, mas uns dois anos depois ou mais, e nesta época eu já havia jogado games de guerra, como medal of honor do clássico ps1. Quando meus pais compraram um pc foi aí que tive a oportunidade de jogar vários títulos da época, e deadly dozen: pacific theater foi um dos pouquíssimos que comprei original na época, e valeu cada centavo ( para quem não sabe, até o final da era ps3/360 a pirataria era tão poderosa que se deixar pirateavam até um abacate, não que hoje seja muito diferente, mas atualmente temos todo um sistema digital de compras, suporte e sistema de avaliações que nos auxiliam a comprar o mais barato e melhor)
Voltando ao jogo, o gráfico é bonito para algo de 2002, possui mapas semi abertos, com muitas variedades de cenários, armas, inimigos e personagens. Os detalhes dos personagens são bonitos pra época, hoje pode parecer feio e tal, mas se você olhar com os olhos de 2002 verá que n-fusion procurou retratar bem a guerra do pacífico. O único ponto ruim dos gráficos são algumas texturas meio espichadas no chão e vegetações, mas são em poucos lugares que rolam estas mancadas, então no geral o gráfico é bom.
A história é bacaninha, não tendo apenas um protagonista, mas 12 personagens jogáveis. E mesmo não tendo uma campanha para cada um, percebemos pelos atributos, falas, aparências e habilidades de cada um que são únicos e bem legais. As narrações no início de cada missão são ótimas e as bios de cada personagem demonstram o quão caprichada a equipe de desenvolvimento foi, não limitando apenas a um parágrafo para cada personagem, mas quase um texto inteiro de informações que descrevem a história daquela pessoa, e fizeram melhor em 2002 do que muitas empresas grandes fazem atualmente.
Quanto a jogabilidade,o jogo se resume a você fazer um número x de missões ( não lembro ao todos quantas são, acho que são 12), e cada missão terá uma série de objetivos para se fazer, alguns opcionais e outras obrigatórias. A ordem para se fazer é você que decide, o mapa é bem aberto e te permite diversas abordagens, porém não é nada ao estilo dos jogos atuais, onde brotam trocentos inimigos que caem rapidamente, aqui, mesmo na dificuldade mais baixa o que dita muitas vezes é a estratégia de campo e uma boa seleção de personagens para a missão. No modo realista então é realmente uma guerra no pacífico a ser vivida, pois certos tiros são fatais e mesmo com a barra de HP cheia você morre na hora, e os inimigos são espertos, pois na primeira oportunidade de mandar chumbo ou te pegar desprevenido eles vão fazê-lo. Me lembro bem de quando comprei o jogo na pré- adolescência e morrer direto para snipers, pois se eles sentirem que não foram percebidos, vão se posicionar e algum lugar melhor e enfiar a bala em você, alguns até saem te caçando pelo mapa correndo ou agachados para de encontrar de surpresa. Realmente a IA dos inimigos é bem boa, porém obviamente rolam alguns bugs e más programações, como inimigos levarem bala e não se esconderem ou ficarem parados te olhando, mas é raro de acontecer. E um detalhe: quando um dos personagens morre, você não poderá jogar com ele durante a campanha novamente, e ao selecionar os personagens, o que morreu terá um K.I.A ( killed in action= morto em ação), ou seja, ele só poderá ser jogado se começar um jogo novo ou em alguma sala multiplayer, eu achei isso muito divertido, nos causa uma sensação de medo em perder personagens, em não conseguir chegar até o fim com todos, foi uma sacada genial dos desenvolvedores.
Multiplayer: é aqui meus jovens gafanhotos e libélulas que o jogo brilha pra valer. O multiplayer do jogo era ótimo na época ( logo explico o uso do "era), pois tínhamos vários modos de jogo, desde o tradicional mata-mata até o coop multiplayer, onde poderíamos jogar com mais 3 amigos ( se não me engano) a campanha todinha, sem contar que havia um modo multiplayer onde você poderia jogar a campanha ao estilo pvp, onde um time controlava os americanos e deveriam completar as missões e outro controlava os inimigos no mapa, com o objetivo de impedir que o time rival complete os objetivos e fuja, Meus jovens....era um multiplayer MUITO divertido, mas tem um porém....
O único porém que me deixou meio pistola foi o fato de não haver a possibilidade de se jogar multiplayer, pois quando entramos na aba do multi aparece um recado dizendo que os servidores não estão mais em funcionamento. Então aqui só nos resta esperar a empresa fazer algo a respeito ou então fazer alguma gambiarra com programas aleatórios como hamachi, etc...
Realmente, mesmo com este probleminha do multiplayer, tanto o deadly dozen 1 quanto o pacific theater são jóias raras, obrigações para qualquer amante de jogos de guerra.
nota: 9/10
Trilha sonora é espetacular, toda feita para o game e possui um capricho melhor que muitos jogos atuais. Até quando morre a
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