Avaliações de Frontline: Panzer Blitzkrieg!

Frontline game series is a "one man effort"! Essas são as palavras do próprio desenvolvedor nos créditos do jogo, eu deixaria essa frase mais completa da seguinte forma: A série de jogos Frontline é resultado do esforço de um homem, portanto, esperem milhares de bugs. Felizmente nenhum bug é impeditivo para o termino das partidas. Alguns são irritantes, como unidades que ao serem movimentadas simplesmente saem do mapa, outros engraçados, como artilharias que após bombardeadas viram um caça alemão com movimento limitado a um hexágono, a principio pensei ser um tipo de easter egg ou piada, mas após a postagem na comunidade o desenvolvedor confirmou ser um bug, aí chegamos a outro problema, apesar das promessas de resolução, após vários dias não vi nenhum empenho nesse sentido, esse jogo é o primeiro da série e mais velho conseqüentemente, parece seriamente desfavorecido em razão dos esforços estarem sendo concentrados no mais novo. Como eu disse os bugs não são impeditivos, alguns até tem seu charme, como o de conquistar um posição, ganhar prestigio, retroceder, salvar, recarregar e conquistar a mesma posição infinitamente ganhando prestigio também infinitamente, ou seja, uma cheat em forma de bug. Panzer Blitzkrieg é uma evolução do Frontline Road to Moscow publicado pela Slitherine, esse ainda mais infestado com bugs e totalmente abandonado, fuja se puder. A série Frontline é fortemente inspirada no icônico Panzer General dos anos 90, estrategia em turnos num terreno demarcado por hexágonos, jogo em nível tático sem grandes compromissos, Panzer General praticamente popularizou um gênero que já existia simplificando-o para torna-lo palatável ao grande público. Existem milhares de clones e remakes, os mais conhecidos e recentes Order of Battle WWII e Panzer Corps I & II estão aqui no Steam, Outros menos famosos porém muito bons são Panzer Tatics HD (remake de um jogo para NDS) e a excelente porém simplista série Tank Battle da HexWar Games. Existem até variações do tema usando a mesma engine como o já cult Warhammer 40K Rites of War e seu remake Armageddon. Enfim, apesar dos muitos “poréns”, Panzer Blitzkrieg cumpre seu papel em resgatar aquela antiga formula mágica de lhe proporcionar horas e horas de diversão (nos anos 90 chamava-mos Panzer General de “Portão de Entrada para Drogas”), você sempre vai querer jogar mais um turno, esperar a vez da IA, para então repetir o processo até perceber que seus pets morreram de fome, sua esposa lhe abandonou e você está trinta anos mais velho ainda pensando em como desentocar aquele maldito T-34 russo no pé da montanha sem perder várias unidades nessa tentativa.